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Santuário de Fátima na Venezuela e comunidade portuguesa recebem elogios

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O Governo das ilhas Canárias elogiou o empenho da comunidade portuguesa em promover a confissão mariana na Venezuela, através da construção de uma réplica do Santuário de Fátima, que parece ser pequeno para as muitas pessoas que o procuram.

“Parece-me que está a ficar pequeno. Estar aqui é renascer na fé e foi isso o que senti hoje. Chegou um momento em que me apeteceu chorar [de emoção e fé] e há muitos anos que não sentia isso. Estar aqui é estar nas mãos de Deus e de Nossa Senhora de Fátima”, disse a delegada do Governo de Canárias para a Venezuela.

Isabel Jara, que é também presidente do Conselho de Residentes Espanhóis (CRE) na Venezuela falava à agência Lusa em Carrizal (26 quilómetros a sul de Caracas), durante uma visita ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, uma obra construída pela comunidade portuguesa local, inaugurada em outubro de 2022.

“É a primeira vez que visito o Santuário e estou realmente encantada, maravilhada. Passei uma manhã que me elevou o espírito e estou muito grata pelo convite”, frisou.

Por outro lado, explicou que, segundo dados do Consulado de Espanha em Caracas, na Venezuela existem atualmente 167 mil espanhóis, uma comunidade que era de mais de 200.000, mas que nos últimos anos diminuiu devido à emigração, ao “regresso ao seu país, sobretudo às ilhas Canárias”.

“Represento o Governo das Ilhas Canárias na Venezuela, fui nomeada [oelo Presidente] Fernando Clavijo, mas também sou o presidente do CRE que está presente em 63 países”, disse, precisando que atualmente “a emigração abrandou e que o país [Venezuela] tem estado numa espécie de ressurgimento”.

Por outro lado, elogiou a união, quer de portugueses, quer de espanhóis, sublinhando que esse é o caminho.

“A emigração é algo que deve estar sempre unida, porque emigrar não é fácil. Estar aqui e poder unir-se é bom. Se os seres humanos soubessem o que significa a união e estar juntos, seríamos mais felizes”, frisou.

De visita ao Santuário esteve também a professora da Universidade de Carabobo (170 quilómetros a oeste de Caracas) e também conselheira das Comunidades Portuguesas na Venezuela, Maria Fátima de Pontes, que continua impressionada como “a majestosidade” do Santuário.

“Estive cá depois da tragédia de Tejerías [de outubro de 2022, em que 54 pessoas morreram num aluimento de terras, entre os quais três portugueses], e fiquei marcada pelo santuário. Vim refugiar-me depois daquela desgraça e encontrei esta majestade, uma majestade de trabalho […] que não é uma simples obra arquitetónica”, construída durante 15 anos pela comunidade portuguesa de San António de Los Teques e Caracas.

Explicou ainda que, como conselheira local das Comunidades Portuguesas, tem tido conversações com a delegação do Governo de Canárias, que têm vários programas para atenção cidadã, que acredita poderem ser propostos ao Governo português, para aplicar em benefício dos portugueses radicados na Venezuela.

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