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Refrigeração “mais eficiente, limpa e sustentável”, é possível?

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Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) criaram uma tecnologia que, usando materiais não poluentes, torna a refrigeração “mais eficiente, limpa e sustentável”.

Em comunicado, a FCUP afirma que equipamentos como frigoríficos, ar condicionados e bombas de calor representam “mais de 20% do consumo de eletricidade em todo o mundo”, e que a eficiência energética “é imperativa”.

A solução desenvolvida pelos investigadores “deu mais um passo” para uma “refrigeração mais eficiente, limpa e sustentável”.

Os investigadores já solicitaram patente da solução, que recorre a materiais sólidos não poluentes (magnetocalóricos) e cuja temperatura varia através da aplicação e remoção de campos magnéticos.

“Um dos entraves para que a refrigeração magnética seja uma realidade no mercado são os materiais utilizados”, refere a FCUP, destacando que as matérias-primas com capacidade de criar campos magnéticos intensos “são caras e correspondem a mais de 50% do valor de um refrigerador magnético”.

A solução desenvolvida aumenta a eficiência energética “daqueles que podem ser os frigoríficos do futuro”.

Citado no comunicado, o investigador do Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica da Universidade do Porto (IFIMUP), João Horta Belo, esclarece que com esta tecnologia é possível “reduzir o custo, tamanho e peso geral do dispositivo e assim aumentar a viabilidade da sua produção em massa”.

“É mais um passo em direção à transição energética”, refere.

Até ao início do próximo ano, os investigadores vão trabalhar num protótipo à macroescala de uma bomba de calor que integra a tecnologia.

A investigação, publicada na revista científica Journal of Physics: Energy, contou com a colaboração da Universidade de Aveiro, no âmbito de um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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