De que está à procura ?

Mundo

Marcha Civil por Alepo conta com presença portuguesa

Desde dia 26 de dezembro, várias dezenas de europeus estão a realizar uma marcha de Berlim a Alepo, o caminho contrário ao que fizeram muitos refugiados, com o objetivo de exigir que se faça algo pelos sírios. Do grupo faz parte a portuguesa Joana Piedade que voou até à capital alemã no Natal para participar nesta iniciativa da autoria da jornalista e blogger polaca Anna Alboth (autora do blogue The Family Without Borders).

Co-organizada por 120 voluntários europeus, a marcha partiu da Alemanha e vai passar por República Checa, Áustria, Eslovénia, Croácia, Sérvia, Macedónia, Grécia e Turquia. Ao todo serão três mil quilómetros e deverão ser percorridos em cerca de três meses e meio.

O objetivo é chegar a Alepo, ou pelo menos na fronteira da Turquia com o Norte da Síria. A ideia é que quem quiser se vá juntando, umas 3000 pessoas ao todo chega nas contas de Anna, mas já sabe que milhares vão aparecer em diferentes lugares e por isso esta que ao todo acabem por se juntar cerca de 10 mil pessoas.

Os participantes pretendem fazer de 15 a 20 km de deslocamento diário, movendo-se no sentido inverso ao do itinerário dos imigrantes que chegam à Europa. “Somos pessoas ao acaso, cidadãos comuns. Não representamos partidos políticos nem organizações. Vamos empunhar bandeiras brancas para que o mundo perceba a nossa mensagem: Chega! Esta guerra tem de chegar ao fim!”, pode ler-se no manifesto, no site da iniciativa

Tudo começou com um post bastante revoltado publicado por Anna no Facebook, depois de umas imagens de bebés a serem retirados das incubadoras quando um hospital foi atacado. Anna recebeu um refugiado em casa durante um ano e tem-se envolvido no acolhimento em Berlim, onde vive.

Joana Piedade, licenciada em direito e com experiência no jornalismo e em assessoria de imprensa, é uma da pessoas envolvidas no núcleo duro que organizou a Marcha Civil por Alepo e decidiu participar porque estava cansada de se sentir impotente a assistir a estes acontecimentos.

Depois de rumar à Alemanha para caminhar por Alepo, Joana Simões Piedade irá fazer voluntariado num campo de refugiados na Grécia (na ilha grega de Chios), entre 10 e 24 de janeiro. Mas esta não será a sua primeira experiência voluntária:  em 2008, através de uma ONG, esteve em Mardin, no sudeste da Turquia, uma zona de maioria curda, a 30 quilómetros da fronteira com a Síria. O projeto passava pela reconstrução de uma escola para crianças curdas.

Saiba como pode ajudar esta iniciativa aqui e aqui.

Veja o vídeo de promoção da Marcha Civil por Alepo:

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA