No dia em que a Bélgica fez as pazes com a sua equipa vitória 3-0 contra a Irlanda e a Islândia e Hungria empataram a uma bola, lugar ao jogo do dia: Portugal-Áustria.

Prefiro ficar pelos aspectos positivos e então, enorme Ricardo Carvalho, grandíssimo Raphael Guerreiro e portentoso William Carvalho numa equipa que se apresentou em bom nível, jogando futebol de qualidade, criando inúmeras oportunidades de golo, acertando duas vezes no poste e pecando apenas na finalização.
Se foi perfeito? Não, não foi? Eficaz? Também não, mas sobretudo não foi nem o que todo o grupo queria nem o que milhões queriam.

Começamos por conceder uma ocasião à Áustria aos 3 minutos de cabeça na pequena área, riscos de quem tem que assumir as despesas do jogo.

Na resposta portuguesa Nani poderia ter feito melhor de cabeça mas principalmente depois de passar o defesa e estar na cara do guardião austríaco. Ronaldo voltou a perdoar em jogada de classe de Guerreiro rematando ao lado.

Ainda assim a primeira parte terminou com 2/3 ocasiões para cada equipa com Portugal a utilizar o pressing alto e a obrigar ao erro austríaco, mas assim que a Áustria saiu desse pressing estivemos longe das marcações, a chegar por vezes tarde aos lances e a deixar sair cruzamentos.

William Carvalho trouxe uma maior qualidade na saída de posse de bola, arriscando mais passes, servindo melhor as alas e a deu maior estabilidade na posição 6.

Faltou no meu entender, além de finalizar melhor, colocar-se melhor para a transição defensiva.

À Áustria praticamente não se viu no segundo tempo e piorou após a saída de Alaba.

Do lado português continuamos a insistir nos cruzamentos para a área, e foram muitos, aos quais a equipa das quinas não conseguiu dar seguimento, muito por culpa da falta de eficácia mas também porque essa forma de chegar à área contrária torna-se previsível, faltou a meu ver alternar mais com jogo interior e chegar com mais gente por dentro e vinda de trás (os médios chegaram pouco).

Momento do jogo: o pênalti falhado por Cristiano, que atirou ao poste. Parece-me fatigado depois de mais de 60 jogos esta época.

Fernando Santos ainda tentou mexer na equipa trazendo mais frescura com João Mário Eder e Rafa (entrada tardia) sem efeito, numa prestação global de qualidade da equipa nacional, que rematou 23 vezes teve 10 cantos, onde Ronaldo rematou 10 vezes, William recuperou 9 bolas.

Estamos na luta!