A porta-voz do PAN, reeleita este sábado para mais um mandato, considerou que o país “está refém de instabilidade política” e exigiu ao Governo “vontade e foco” e que leve a cabo “reformas estruturais”.
“Lamentavelmente, nas últimas semanas e no último ano o país tem estado refém de muita instabilidade política, que tem deixado em suspenso as reformas estruturais que não podemos perder oportunidade de fazer”, criticou Inês Sousa Real no discurso de encerramento do nono Congresso do PAN, no qual foi reeleita com larga maioria dos votos dos delegados.
Inês de Sousa Real afirmou que “Portugal tem neste momento uma oportunidade de aceder a fundos comunitários absolutamente estruturantes para o país, para a reforma e transição energética que é preciso ser feita, para promover a economia verde, para garantir uma fiscalidade também ela verde”.
“E, acima de tudo, que garantimos e construímos uma sociedade mais justa e que damos a quem precisa, ao invés de vermos milhões de euros a irem para quem mais polui e quem mais lucra. Isto não é justiça fiscal e não é a sociedade que almejamos construir”, apontou.
Considerando que o Governo tem “faltado às famílias, e isto não pode acontecer”, Sousa Real salientou que “tem de existir vontade política e foco”.
“Não podemos estar perdidos na instabilidade que temos vivido”, defendeu.
Inês de Sousa Real foi reeleita porta-voz do PAN, no IX Congresso do partido, depois de a sua lista à Comissão Política Nacional ter conseguido mais de 70 por cento dos votos e 20 mandatos. A lista encabeçada pelo ex-deputado Nelson Silva alcançou sete lugares naquele órgão alargado de direção.
O IX Congresso do partido Pessoas-Animais-Natureza decorreu na Escola Básica de Matosinhos, no distrito do Porto.