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Sal de Castro Marim à conquista do mundo

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Clique para ampliar A cooperativa Terras de Sal agrega produtores de sal marinho tradicional de Castro Marim, exporta 85 por cento da produção e procura agora chegar a mercados como o Japão, Suíça ou Canadá, disse o diretor de operações.

Luís Rodrigues falou à agência Lusa do trabalho desenvolvido para permitir à Terras de Sal escoar o produto dos cooperantes “para três continentes” – Europa, Ásia e América.

Um trabalho que tem contado com a parceria da Câmara de Castro Marim, que a vereadora Filomena Sintra disse ter permitido “recuperar uma atividade que há 10 anos estava quase extinta” no concelho.

“A exportação tem vindo a crescer cada vez mais e já representa, no volume de negócios, cerca de 85 por cento”, afirmou Luís Rodrigues, apontando Israel, Hong Kong, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Espanha, França, Holanda, República Checa ou Brasil como mercados onde a cooperativa já coloca os seus produtos – sal, flor de sal e sal líquido.

A Terras de Sal está agora “à espera dos resultados” de “um cliente que está a fazer uma mostra dos produtos no Japão”, mercado que pode ser o próximo a entrar na lista de países para onde exportado sal de Castro Marim, à semelhança da Suíça e do Canadá.

Luís Rodrigues frisou que só tem sentido “dificuldades de entrada no continente africano” para a exportação devido “aos requisitos da Organização Mundial de Saúde” que limitam os “níveis de iodo” a consumir pela população e que são altos no sal marinho artesanal.

A cooperativa tem ajudado cerca de uma dúzia de produtores cooperantes “absorvendo alguns custos de produção”, que são mais baratos à medida que as quantidades aumentam, referiu ainda Luís Rodrigues, sublinhando que há falta de um local de armazenamento fixo “onde se possa realizar investimento” a pensar no futuro.

A solução está a ser estudada com a Câmara de Castro Marim, que procura também ajudar a revitalizar a atividade com uma candidatura do sal de Castro Marim à Denominação de Origem Protegida (DOP), a poder ser submetida à aprovação “em junho”, disse a vereadora Filomena Sintra.

“A DOP é importante, até porque é um selo de diferenciação. Só um entendido na matéria consegue, pelo paladar e tato, distinguir um bom sal ou uma boa flor de sal de outra. Então, é necessário algum elemento distintivo e eu acredito que a DOP seja um elemento distintivo importante neste produto”, afirmou a autarca.

Filomena Sintra disse que o processo já foi “iniciado há um ano” e visa “demonstrar que Castro Marim é um território que se diferencia dos demais e tem uma história e um enquadramento que justifica a sua DOP” para o sal.

“Estamos muito confiantes que o vamos conseguir, já existe algum trabalho junto da Direção Regional de Agricultura [do Algarve], que está muito sensibilizada e é um parceiro nesse processo, e estamos a fechar esse dossiê. Já temos o histórico de análises e muitos elementos de arquivo histórico a confirmar que, além de ser atualmente uma atividade importante e com potencial, é a atividade económica mais antiga de Castro Marim”, afirmou.

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