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O primeiro negro a chegar ao Canadá era português

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Clique para ampliar A presença de Mathieu da Costa, de origem portuguesa e o primeiro afrodescendente de que há registo no Canadá, em 1600, “prova o “contributo importante que a comunidade negra deu desde muito cedo na construção do país”, disse hoje à agência Lusa, Rosemery Sadlier, presidente da Sociedade de História Negra do Ontário.

Mathieu da Costa, foi um marinheiro e intérprete de origem portuguesa, possivelmente de pai português e mãe africana, esteve na costa leste do que hoje é o Canadá em finais de 1500, princípios de 1600. Demonstrou habilidades em falar diversas línguas como o francês, holandês, basco crioulo e português crioulo, e foi dos primeiros europeus a falar com os povos índios da américa do norte (Acádia), o que sugere que já havia estado na zona anteriormente.

“Ele é o primeiro africano que temos registo que viajava com Samuel Champlain (explorador francês que fundou o Quebeque). As suas habilidades de comunicação facilitaram o comércio entre o Canadá (Nova França) e a Europa. Da Costa foi capaz de comunicar com o povo das Primeiras Nações da costa leste do Canadá o que sugere que pode ter estado aqui antes”, referiu a responsável.

O lusodescendente, membro da “Ordem de Boa Fé”, uma ordem colonial francesa fundada em 1606, foi o objeto de estudo de um concurso de arte, promovido recentemente pelo governo federal.

Em Annapolis Valey, na Nova Escócia, em 2005, no African Heritage Trail, foi também inaugurado um monumento de homenagem a Mathieu da Costa.

“Quando paramos de recordar, paramos de crescer. Quando paramos de ser vigilantes sobre estas diversas contribuições, falhamos em manter atitudes que preveem o racismo e a xenofobia”, acrescentou Rosemery Sadlier.

A “fantástica” comunidade portuguesa não é esquecida pela presidente da Sociedade de História Negra do Ontário, uma professora, escritora, assistente social e conferencista, que destaca as origens do herói canadiano.

À semelhança dos Estados Unidos, o Governo do Canadá decidiu assinalar em fevereiro o mês da história negra.

Este ano, a iniciativa tem como tema “Orgulho da Nossa História”, e celebra as conquistas dos canadianos negros que “ajudaram a construir o país”, disse o primeiro-ministro canadiano Stephen Harper.

“Enquanto nos preparamos este ano para celebrarmos o 100.º aniversário do início da Primeira Guerra Mundial e o 75.º aniversário da início da Segunda Guerra Mundial, lembramo-nos e prestamos tributo aos canadianos negros que corajosamente serviram o nosso país”, referiu o governante.

Stephen Harper também realçou o “contributo” das comunidades negras de Africville em Hallifax, de Nova Escócia e de Hogan´s Alley em Vancouver (Colúmbia Britânica).

Os correios do Canadá (Canadá Post) estão a emitir novos selos durante este mês como o intuito de homenagear estas comunidades.

“Durante este mês, encorajo os habitantes deste país a saberem mais sobre o papel importante que os canadianos negros desempenharam e continuam a desempenhar na construção do nosso grande país e dando forma à identidade nacional, e que participem nos eventos e atividades para fazerem parte importante da nossa herança”, concluiu o chefe de governo canadiano.

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