Representantes do governo francês e do setor agroalimentar reúnem-se, em Paris, para analisar o caso da existência de carne de cavalo em produtos etiquetados como contendo carne de vaca e assegurar a recolha dos produtos suspeitos.
A reunião foi convocada pelo ministro do Consumo francês, Benoît Hamon, e contará com a presença do ministro da Agricultura gaulês, Stéphane le Foll, e do ministro responsável pelo setor agroalimentar, Guillaume Garot, noticiou à agência AFP.
A reunião destina-se a fazer o “ponto de situação sobre a rastreabilidade da carne e garantir a remoção de todos os produtos ilegais” com a ajuda de “representantes de produtores, processadores, retalho e da indústria alimentar”, precisou, em declarações à AFP, o ministro que tutela o setor agroalimentar francês.
Os pratos congelados e suspeitos de conterem carne de cavalo são da marca sueca Findus e foram distribuídos na França, Reino Unido e Suécia.
A marca sueca – que diz ser “vítima” tal como os consumidores europeus – anunciou no sábado ter entregado uma queixa contra desconhecidos em França.
A maioria das grandes superfícies francesas já retirou os produtos suspeitos. Trata-se de lasanhas, ‘canelonis’, esparguete com molho bolonhesa, ‘moussaka’ e tortas, segundo a imprensa francesa.
Os produtos foram removidos por “não terem os rótulos em conformidade quanto à natureza do tipo de carne utilizada”, esclareceu a Federação do Comércio e da Distribuição (FCD).
Produtos suspeitos foram também recolhidos no Reino Unido, onde grandes quantidades de carne de cavalo – indicada como sendo 100% carne de vaca – foram descobertas em bifes, depois em lasanhas e em esparguete com molho bolonhesa.
No centro das críticas está a fabricante francesa Cogimel, que distribui produtos em 16 países da Europa, refere o portal da Rádio France International (RFi).
Foi esta empresa, precisa a mesma fonte, que terá preparado os pratos da Findus numa filial de Luxemburgo, com carne importada pelo distribuidor Spanghero, ambos do mesmo grupo francês de alimentação Poujol.
A holding Poujol afirma, por sua vez, ter adquirido a carne a um distribuidor do Chipre, que fez a encomenda a um distribuidor da Holanda, que, por sua vez, indicou ter comprado a carne a um matadouro na Roménia.
O distribuidor Spanghero (francês) afirma que a matéria-prima proveniente da Roménia foi adquirida como sendo carne de vaca com o selo de qualidade “origem Europa”.
As autoridades de alimentação da Roménia rejeitaram essas acusações, afirmando que a origem do problema não estava no seu país.
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