Militar da GNR de Penafiel acusado de ter torturado suspeito de furto
O Ministério Público acusa um militar da GNR de Penafiel do crime de tortura por ter alegadamente agredido um detido com murros e bofetadas, confirmou hoje à Lusa fonte daquela autoridade policial.
Segundo a fonte, o militar já foi informado pelo tribunal, mas ainda não prestou declarações formais sobre o processo, subsequentes à acusação.
De acordo com a acusação, as alegadas agressões terão ocorrido, em junho de 2011, no posto territorial de Penafiel, quando um suspeito de furto de cobre e condução sem carta, de 24 anos, era interrogado pelo militar.
De acordo com a acusação, à qual a Lusa teve acesso, o arguido atingiu a vítima “com um número indeterminado de murros nas costas e de bofetadas nos dois ouvidos”.
Ainda de acordo com o Ministério Público, quando o detido disse que “não sabia nada acerca do furto, o arguido atingiu o ofendido com mais alguns murros nas costas”.
A magistrada do Ministério Público titular do processo afirma, por outro lado, que a vítima sofreu um traumatismo nas costelas e uma perfuração dos tímpanos.
O militar da GNR encontra-se também acusado, no âmbito do mesmo inquérito, dos crimes de ofensa à integridade física qualificada e coação agravada.
A fonte da GNR contactada pela Lusa não quis prestar declarações, alegando que aguarda o desenvolvimento do processo.
[ Navegadores perdem cartas devido a práticas administrativas erradas ]
[ O “terrorista” que queria vexar Hollande mas não conseguiu ]