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Baião: O vereador que emigrou para ser enfermeiro em Inglaterra

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Clique para ampliar O presidente do PSD do Porto, Virgílio Macedo, congratulou-se com a renúncia de Luís Sousa ao cargo de vereador na Câmara de Baião, correspondendo ao pedido apresentado pela distrital.

“Este dirigente social-democrata congratula-se pelo facto de, neste fim de semana, Luís Sousa ter, finalmente, apresentado a renúncia ao cargo para que foi eleito, conforme lhe foi expressamente solicitado”, lê-se num comunicado.

Luís Sousa anunciou hoje que vai comunicar à autarquia a renúncia ao cargo, avançando também que abandonará a militância no PSD.

“Informo que será enviado à Câmara Municipal de Baião o meu pedido de renúncia ao mandato de vereador ainda esta semana, para que o executivo municipal possa funcionar normalmente, com as diferentes forças políticas”, lê-se num esclarecimento enviado à agência Lusa.

O vereador explica também que a decisão de abandonar a militância no PSD se destina a libertar o seu “partido de sempre de qualquer ónus” com a sua “participação ativa”.

No documento da distrital, também hoje enviado à Lusa, sublinha-se que, se o vereador não tivesse apresentado a sua renúncia, o PSD retirar-lhe-ia a confiança política.

Luís Sousa, que foi eleito nas autárquicas de 2013, emigrou em janeiro para Inglaterra, onde se encontra a trabalhar como enfermeiro. Recentemente, informou o presidente da autarquia, o socialista José Luís Carneiro, de que iria solicitar o reembolso das despesas efetuadas com as viagens a Baião para participar nas reuniões de câmara.

O autarca do PSD alegou ter esse direito ao abrigo do Estatuto dos Eleitos Locais.

Sobre a atitude do eleito social-democrata em Baião, o líder da distrital comentou que “o PSD não pode pactuar com vazios políticos, nem com quaisquer interpretações extensivas da Lei, que possibilitem a utilização de fundos públicos, que possam ser consideradas abusivas à luz do bom senso”.

Citado no comunicado, Virgílio Macedo defende que “qualquer dirigente, ao ser eleito, é para defender os interesses da população e ser ética e politicamente responsável”.

A distrital anunciou também que o PSD irá “proceder à substituição de Luís Sousa para que [o partido] possa combater a gestão socialista da Câmara de Baião”.

“O PSD de Baião certamente irá demonstrar com a sua ação política que tem um projeto político sólido e de futuro para o concelho de Baião”, comentou ainda o presidente da distrital social-democrata.

Por seu turno, no esclarecimento enviado hoje à Lusa, o vereador esclareceu não ter apresentado à câmara qualquer pedido de pagamento das deslocações de Inglaterra para Portugal.

Observou, porém, ter ficado “claro que esse pedido, a ter acontecido, tinha suporte legal, ao abrigo do Estatuto dos Eleitos Locais”.

Ao longo da semana passada, a Lusa tentou, sem sucesso, insistentemente, o contacto telefónico com o vereador. Por escrito, via correio eletrónico, o autarca do PSD informou no dia 19 que, até àquela data, ainda não tinham sido pagas pela câmara quaisquer despesas de deslocação.

“A minha residência oficial é em Inglaterra”, confirmou o vereador, informando que está naquele país desde janeiro, mas que se deslocou a Portugal, de 12 a 18 de fevereiro, para cumprir com “as obrigações de autarca eleito”.

O vereador não respondeu a várias perguntas formuladas pela agência Lusa, nomeadamente se pretendia exercer o mandato de vereador até ao final do mandato, se iria participar nas duas reuniões mensais do executivo e quanto iriam custar à câmara as suas deslocações a Portugal.

Nas autárquicas de 29 de setembro, Luís Sousa foi o cabeça-de-lista do PSD à Câmara de Baião, obtendo aquele partido 18,42%. Naquelas eleições, o PS liderado por José Luís Carneiro alcançou 71,4%, assegurando seis dos sete lugares do executivo.

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