uma viagem despovoada, errante
encimada por uma negra nitidez
faulhando escuros sombrios
quedas constantes, maciças
e o sonho agrilhoado
nas masmorras de deus, no ininteligível
há feridas chorando, outras sangrando
gangrenam-se-me os olhos
respiro com macabra dificuldade
cheira a cinzas irreversíveis a minha carne
corvos corvejam enlutadamente
ou talvez riam, ou filosofem
tudo dói
tudo morre
tudo é realidade
tenho a certeza de que existo
dm
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.