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Trabalhadores de Vieira do Minho denunciam “despedimento político”

Clique para ampliar Mais de duas dezenas de funcionários de uma empresa municipal de Vieira do Minho manifestam-se segunda-feira defronte dos Paços do Concelho contra o alegado “despedimento político” de que se dizem ter sido vítimas, foi hoje anunciado.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara, António Cardoso, eleito pelo PSD/CDS-PP, negou qualquer despedimento, assegurando que o município apenas se limitou a não renovar alguns contratos, por ter um quadro de pessoal que classificou de “francamente excedentário”.

O autarca disse ainda que a escolha dos funcionários foi feita por concurso público. “Obviamente, não houve qualquer discriminação político-partidária”, tendo a opção recaído sobre os trabalhadores “mais antigos”, defendeu.

Em causa está a Empresa Pública Municipal de Águas, Resíduos e Equipamentos (EPMAR), que tinha 43 trabalhadores mas que foi extinta “por força da lei”, depois de ter acumulado um prejuízo “superior a 1 milhão de euros”, disse.

A Câmara promoveu um concurso público para integrar nos quadros do município 17 daqueles 43 trabalhadores.

Cardoso admitiu que, num futuro próximo, a Câmara pode vir a chamar “mais alguns” dos trabalhadores que agora ficaram de fora.

Maria do Céu, uma das trabalhadoras agora preteridas, disse à Lusa não ter dúvidas de que o cartão partidário foi o único critério do concurso.

“Estava há cinco anos na EPMAR mas sou militante do PS. O resultado foi este. Vim para a rua”, queixou-se.

O PS local também já se referiu, em comunicado, a este “despedimento”, considerando que vai contra aquilo que o atual presidente da câmara “tinha prometido em campanha eleitoral, quando se comprometeu a integrar todos os funcionários da EPMAR nos quadros do município”.

“Acresce a isto o facto de os funcionários excluídos apenas o terem sido por questões partidárias. Quem não apoiou António Cardoso na campanha vai para o desemprego. A alguns funcionários tem sido prometido um outro vínculo fora da Câmara Municipal. Essa forma de atuar é inadmissível, pois promove a precariedade dos funcionários quando os mesmos tinham todo o direito a integrar os quadros da Câmara. Estamos a falar de alguns funcionários com mais de 10 anos de serviço que agora vão para o desemprego apenas por decisão do presidente”, referem os socialistas.

O PS considera ainda que os funcionários colocados no quadro da Câmara poderão não ser suficientes para assegurar todo o serviço “com a qualidade exigida, principalmente ao nível do abastecimento de água e recolha do lixo”.

António Cardoso já garantiu que, se tal se afigurar necessário, a Câmara poderá recrutar alguns dos funcionários que agora ficaram de fora.

“Não podemos é cometer loucuras, porque estamos em período de fortes restrições financeiras. E termos, como tínhamos, quase 400 trabalhadores é francamente exagerado e incomportável para um município com a nossa dimensão”, disse ainda.

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