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Sabia que há portugueses em Trinidad e Tobago?

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Clique para ampliar O embaixador de Portugal em Caracas vai desenvolver localmente ações para sensibilizar e aproximar os lusodescendentes de Guiana e de Trinidad e Tobago para que voltem a “integrar o espaço da diáspora a que sempre pertenceram”.

“Há aqui uma ‘matéria-prima’ para trabalhar, para tentar resgatar estas duas comunidades no sentido de num futuro próximo voltarem a integrar o espaço da diáspora a que sempre pertenceram, e a que os seus pais também pertenceram”, disse Mário Lino da Silva.

O diplomata falava à Agência Lusa ao finalizar uma visita de quatro dias àquelas duas regiões, sublinhando que estes lusodescendentes “têm o pleno direito de colocar novamente o nome de Portugal nas respetivas sociedades onde vivem”.

Segundo o embaixador estes lusodescendentes têm “muitos pontos de contato, muitas parecenças”, mas “do ponto de vista formal já não têm nada a ver com Portugal”, porque “já não são portugueses, alguns deles nunca visitaram Portugal nem a Madeira” de onde eram os seus antecessores.

Para Mário Lino da Silva, foi “um grande orgulho” ter a possibilidade de se encontrar “com alguns elementos relevantes”, no que chama “a comunidade portuguesa vivente da República de Guiana”.

“São guianenses que têm as suas atividades económicas, descendentes de madeirenses que chegaram (o primeiro grupo de 40) no dia 3 de maio de 1835. Por este detalhe vemos quão longínqua tem sido a nossa permanência e influência num outro país aqui da região”, frisou.

Mário Lino da Silva acrescentou ser “muito caloroso” encontrar-se com “esta gente que apesar de já não ter relação nenhuma direta com Portugal, nem sequer ter nacionalidade portuguesa, sente-se muito orgulhosa das suas origens e raízes”.

“E aí estão os nomes de família, ainda hoje, a atestar a sua proveniência da Ilha da Madeira, como o senhor de Freitas, o Gouveia, a sra. Menezes, como tantos outros que ainda hoje vivem e labutam neste país que começa a ter uma relevância importante também, apesar de estar ‘entalado’ entre dois grandes colossos como são o Brasil e a Venezuela”, disse.

A visita, precisou, permitiu-lhe verificar que é “gente muito conceituada, bem colocada em termos económicos e de negócios, atores importantes para o desenvolvimento da Guiana”.

Sobre Trinidad e Tobago explicou que “as caraterísticas da comunidade portuguesa são muito similares”. Chegaram à ilha “há longos anos, mais ou menos na mesma altura dos primeiros pioneiros madeirenses que chegaram à Guiana e que hoje em dia também são muito considerados na sociedade e na economia local”.

Questionado sobre o facto de estes lusodescendentes não falarem português, o diplomata explicou que “a língua é efetivamente uma barreira”, mas constatou que “estão bem informados sobre a realidade portuguesa, interessam-se pelo que se passa na terra dos seus antepassados, nomeadamente na Madeira e estão muito ligados às suas raízes”.

“Obviamente que algumas expressões de natureza cultural já não praticam, de todas as formas estão permanentemente a chamar os seus antepassados, a falar do tio José, do primo Afonso, do outro primo Correia, etc…”

Para o diplomata, os nomes de família unem esta comunidade e inclusive o “fator religioso é outro fenómeno de ligação e unidade”, citando como exemplo que os lusodescendentes estão a reconstruir uma igreja em madeira do Sagrado Coração que ardeu há uns anos em Georgetown.

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