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Paulo Pisco: Mercado do trabalho suíço está saturado

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Clique para ampliar O deputado socialista Paulo Pisco disse à Lusa que as restrições impostas pela Suíça à entrada de imigrantes significam que “o mercado de trabalho está saturado” o que constitui um “sério aviso” aos portugueses que queiram emigrar.

“Relativamente a Portugal, o que isto significa é que a decisão das autoridades federais suíças deve constituir um sério aviso aos portugueses que queiram imigrar para a Suíça porque agora encontrarão muito mais dificuldades para trabalhar e se o fizerem vão fazê-lo de uma forma muito limitada no tempo ou de forma muito precária, talvez caindo nas malhas de alguma exploração e correrão mais riscos de cair em situações sociais difíceis”, disse Paulo Pisco.

O governo suíço decidiu hoje manter durante mais um ano as restrições à entrada de imigrantes da Europa central e oriental, alargando-as a partir de maio a todos os cidadãos de países da União Europeia.

O Conselho Federal decidiu ativar uma cláusula de salvaguarda prevista no acordo sobre livre circulação de pessoas assinado com a União Europeia (UE) em 2002.

Esta cláusula é uma opção de controlo que permite à Suíça estabilizar de forma unilateral as quotas máximas de títulos de residência, de curta e longa duração, decisão que vai afetar os cidadãos portugueses que pretendem emigrar para a Suíça.

“Eu vejo esta posição como a maior evidência de que o mercado de trabalho está saturado porque se não estivesse saturado a limitação das autorizações de residência não teriam sido alargadas a todos os Estados da União Europeia”, sublinhou o deputado socialista eleito pela emigração.

Segundo Paulo Pisco trata-se de uma “decisão soberana” do Estado suíço e que não é discriminatória porque se vai aplicar a todo o espaço da União Europeia.

“Nem sequer se pode dizer que estamos perante uma situação em que o acordo de livre circulação entre a União Europeia e a Suíça está a ser violado porque o acordo tem uma cláusula que permite às autoridades suíças aplicar restrições quando o volume de autorizações de residência ultrapassa a média dos 10 por cento dos últimos três anos”, explicou o deputado, alertando para as consequências da saturação do mercado laboral.

“Todo este contexto não vem ajudar a quem não tem trabalho e não vem ajudar aqueles que lá estão porque a Suíça é um país onde existe alguma reação xenófoba aos trabalhadores estrangeiros e, por isso, é uma situação que tem de ser analisada e gerida com muito cuidado”, concluiu Paulo Pisco.

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