Saí ontem de França, onde, se as televisões mostravam o Presidente, o dito aparecia ou a trabalhar, ou de visita aos escombros de Beirute.
O programa de Macron pode não ser o meu, mas a postura é de chefe de Estado.
Já entre nós, reparo que a mania é mais exibir a barriga presidencial em banhos de verão, e que essa miséria nacional – esse abaixamento ao reles do reles por aquele que é cabeça da República – conta com a participação constrangedora de compatriotas nossos onde quer que ocorra.
É isso, e isso diz muito: mais que em qualquer outra coisa, é aqui que se vê o sucesso das campanhas de estupidificação, empreendidas pelo regime contra o povo português.
Mataram a cultura popular, o campo, a província, até esse sentido de decoro que é a marca da civilização, e restou uma massa acéfala que se encanta com a exposição de gordura visceral.
Como é triste o nosso fado, não é?