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Londres recebe curtas portuguesas

© DR

As realizadoras Sofia Bost e Mariana Gaivão vão participar num debate esta quinta-feira no Institute of Contemporary Arts (ICA), em Londres, após a projeção de três curtas-metragens no âmbito de um ciclo de cinema português promovido pela instituição britânica.

A sessão tripla inclui “Dia de Festa”, de Sofia Bost, vencedora do festival Set’Curtas em 2018 e selecionada para o festival de Cannes em 2019, “Ruby”, de Mariana Gaivão, vencedor do Prémio para Melhor Realização no Curtas Vila do Conde em 2019, e “Cães que Ladram aos Pássaros”, de Leonor Teles, que se estreou no Festival de Veneza em 2019.

Obra de estreia de Bost, “Dia de Festa” conta a história de uma mãe que prepara uma festa de aniversário para a filha de 7 anos, até que um telefonema da própria mãe perturba a felicidade da ocasião.

Em “Ruby”, Mariana Gaivão acompanha a ansiedade de uma jovem nascida de pais britânicos, mas a viver no interior de Portugal nos dias antes de a melhor amiga, Millie, regressar a Inglaterra.

As questões da gentrificação e da especulação imobiliária são abordadas em “Cães que Ladram aos Pássaros”, na qual Leonor Teles segue o caso de Vicente, um jovem forçado a sair da cidade natal, o Porto.

A “trilogia cativante”, segundo o ICA, é a quinta sessão dedicada ao cinema português contemporâneo no âmbito de uma iniciativa em colaboração com as produtoras Terratreme e Uma Pedra no Sapato.

Intitulado “Mobilização Coletiva”, o programa começou em maio com “Visões do Império”, de Joana Pontes, e já apresentou “Amor Fati”, de Cláudia Varejão, “No Táxi do Jack”, de Susana Nobre, e “Desterro”, de Maria Clara Escobar”.

Cada uma das oito sessões é acompanhada por conversas presenciais ou virtuais com os cineastas.

O programa prossegue com “Prazer Camaradas!”, de José Filipe Costa, em julho, “Suzanne Daveau”, de Luisa Homem, em agosto, e encerra em setembro com “Mato Seco em Chamas”, correalizado por Adirley Queirós e Joana Pimenta.

Após as projeções, durante pelo menos uma semana no ICA, os filmes ficam disponíveis para exibição em salas de cinema ou de outro tipo em todo o Reino Unido e Irlanda.

A Terratreme é um coletivo sediado em Lisboa e fundado em 2008 por um grupo de jovens cineastas que já colaborou antes com o ICA, enquanto Uma Pedra no Sapato, criada no mesmo ano, é apresentada como uma produtora com o objetivo de apresentar perspetivas inovadoras sobre as realidades portuguesas a audiências internacionais.

#portugalpositivo

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