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Liana Paiva quer ser primeira deputada lusodescendente em Alberta

Uma lusodescendente candidata nas eleições provinciais de Alberta desta segunda-feira quer tornar-se na primeira deputada provincial de origem portuguesa, com a educação e a saúde entre as suas prioridades.

“Os meus pais educaram-me para tentar ser um exemplo, uma referência para os outros, a dar continuidade aos meus estudos, mas também a inspirar outros. Quero que a minha filha siga esse mesmo caminho”, disse à agência Lusa Liana Paiva, de 47 anos.

Cerca de 2,7 milhões de eleitores vão hoje, entre as 08:00 e as 20:00 locais escolher um novo governo de Alberta, província localizada nas pradarias canadianas (centro oeste). 

A lusodescendente, filha de emigrantes açorianos, nasceu em Hamilton, no Ontário, e em 2008 mudou-se de Brantford, onde residia com a família, para a província de Alberta, por motivos profissionais.  

Liana Paiva, uma professora de estudos sociais e linguagens artísticas do ensino secundário, está confiante de que pode tornar-se na primeira deputada provincial (MLA, na sigla em inglês) de origem portuguesa em Alberta.

“Na minha plataforma política tenho três grandes prioridades, a saúde, o sistema de educação, que parece estar destruído, e resolver os problemas sociais derivados do alto custo de vida”, explicou.

A lusodescendente é candidata pelo Partido dos Novos Democratas, o NDP (esquerda), no distrito eleitoral de Peace River, tendo como principal adversário o conservador Dan Williams, que vai tentar a reeleição.

Peace River é uma comunidade com cerca de oito mil habitantes, localizada no norte da província de Alberta.

Nestas eleições há também candidatos nascidos em Portugal: no distrito eleitoral de Edmonton-Gold Bar a luso-canadiana Ernestina Malheiro é a candidata pelo Partido Verde de Alberta, enquanto em Calgary-Bow Manuel Santos, emigrante no Canadá desde 1968, vai apresentar-se pelo Movimento de Solidariedade de Alberta.

Tanto os conservadores (direita), liderados por Danielle Smith, como o NDP de Rachel Notley fizeram na campanha promessas de melhorar o sistema de saúde, as acessibilidades e a segurança pública, em diferentes plataformas.

A campanha da atual ‘premier’ (líder provincial), Smith, esteve envolvida em polémica após ter sugerido que as pessoas vacinadas contra a covid-19 caíram nos “encantos de um tirano”, numa referência a Hitler.

Na semana passada, o comissário de ética da província concluiu que a ‘premier’ violou a lei do conflito de interesses de Alberta.

Em 2019, nas eleições gerais da província, o Partido Conservador Unido – resultante de uma união do Partido Wildrose com a Associação Progressiva Conservadora, de Jason Kenney, em 2017 – venceu, com 55% (maioria absoluta), ou seja, 63 assentos parlamentares, enquanto o NDP garantiu apenas 24.

Kenney demitiu-se da liderança do partido em 2022, sendo Danielle Smith eleita em outubro passado como nova líder dos conservadores. 

Uma sondagem da Ipsos para o canal Global News, divulgada no domingo, revelou que, dos 1.300 inquiridos, 51% apoiam os conservadores, enquanto 46% dão preferência aos novos democratas.  

Mais de 758 mil eleitores votaram antecipadamente, de 23 a 27 de maio, superando os números de 2019 (+8,29%).

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