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Funcionários da embaixada portuguesa em Tunes pedem aumento

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Os funcionários da Embaixada de Portugal em Tunes, na Tunísia, entregaram esta quarta-feira ao ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, um manifesto a apelar a medidas salariais que respondam ao elevado custo de vida neste país.

De acordo com uma nota do Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (STCDE), o documento foi entregue durante a deslocação de Cravinho à Tunísia.

Gomes Cravinho e a ministra dos Negócios Estrangeiros, dos Assuntos Europeus e do Comércio Externo, e das Instituições Federais de Cultura da Bélgica, Hadja Lahbib, estão desde terça-feira na Tunísia, em representação do alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell.

Através deste manifesto, os funcionários pretendem expor o seu “descontentamento e profunda insatisfação dos seus salários de miséria”, que dizem ser “manifestamente incompatíveis com o atual custo de vida”, o que torna “praticamente impossível manter um padrão de condições de vida decentes”.

E lamentam que, no âmbito do processo negocial para as revisões das tabelas remuneratórias destes trabalhadores, a proposta do Governo para a Tunísia “não representa uma verdadeira melhoria das condições dos trabalhadores”.

Recordam que para o presente ano a inflação na Tunísia deverá atingir os 10%, tal como aconteceu no ano passado.

“Desde 2013, a inflação atingiu cerca de 70% e as únicas regularizações concedidas pelo Estado português importaram em 0,3% e 0,9%.

Lê-se no manifesto que “a maioria dos trabalhadores enfrenta dificuldades financeiras, tendo que fazer inúmeros sacrifícios, vivendo com limitações muito significativas na gerência das suas despesas mensais, o que é atentatório da dignidade de um trabalhador em funções públicas, ao serviço do Estado português”.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete de João Gomes Cravinho confirmou que o manifesto foi hoje entregue ao ministro, o qual ainda não teve oportunidade de analisar, por estar a cumprir o programa da deslocação à Tunísia.

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