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Criminalidade preocupa lar português no Canadá

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A criminalidade na área do Lar Santa Isabel em Winnipeg, no centro do Canadá, está a “preocupar os residentes”.

“O nosso principal desafio que existe atualmente, é o que se passa ou pouco por toda a cidade, que é o crime”, começou por afirmou à Lusa o presidente da direção da instituição, Willson Caetano, de 51 anos.

O Lar Santa Isabel foi criado em 1994 e dispõe de 28 unidades para utentes, na vertente de lar residencial.

“Uma das nossas utentes, no último ano, já por três vezes teve o carro vandalizado, com os vidros partidos, junto ao nosso parque de estacionamento”, alertou.

A falta de segurança naquela área é um tema que os utentes e a direção do lar “têm abordado frequentemente”, mas referem que as autoridades “não podem fazer nada”, pois mesmo havendo câmara de videovigilância os criminosos “não têm receio”.

“Nem todos os utentes têm transporte próprio, mas os que têm veículos no nosso parque de estacionamento estão sujeitos ao vandalismo”, acrescentou Willson Caetano.

Até a porta da frente do edifício já foi “arrombada por várias vezes” e por sorte, ninguém ainda entrou “dentro das residências”, disse.

Com utentes dos 65 aos 85 anos, o lar residencial é gerido por uma companhia privada que faz a manutenção do edifício.

“Este lar é aberto a todos, mais facilmente para pessoas de baixo rendimento, pois 30 por cento do seu rendimento é utilizado para pagar os serviços”, explicou.

O Lar Santa Isabel foi oficialmente inaugurado em setembro de 1995, financiado por um credor privado.

O edifício de quatro andares foi avaliado na altura em 2,2 milhões de dólares canadianos (1,5 milhões de euros) e foi o primeiro projeto construído através da Corporação Portuguesa de Habitação sem Fins Lucrativos.

O projeto foi iniciado através de uma parceira com a Associação Portuguesa de Manitoba, Casa do Minho de Winnipeg, Associação de Empresários e Profissionais de Winnipeg e com a Paróquia da Imaculada Conceição.

O Lar Santa Isabel foi financiado a fundo perdido pelo governo da província de Manitoba, tendo cada uma das quatro entidades fundadoras contribuído com 4.000 dólares canadianos (2.750 euros). 

De acordo com o recenseamento de 2021, a comunidade portuguesa no Canadá é constituída por 448.305 pessoas, que declararam ser de origem étnica portuguesa, sendo que 240.680 disseram que tinham como língua materna, a portuguesa.

Existiam 166.651 portugueses inscritos na rede consular no Canadá em 2022.

Em Winnipeg, capital da província de Manitoba, residem cerca de 20 mil portugueses e lusodescendentes.

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