Na madrugada de terça-feira, 15 de fevereiro, um português de 54 anos atacou o seu filho e a mulher. Segundo a polícia, o marido, que não vivia com a família, terá esperado que o filho e a esposa saíssem de casa de manhã. Foi nessa altura que o português os atacou, esfaqueando o filho e “raptando” a mulher.

A polícia , ao chegar ao local, em Chaux-de-Fonds, na Suíça, foi informada pelo jovem que a sua mãe, de 52 anos, teria sido sequestrada pelo agressor, que estava proibido por ordem do tribunal de se aproximar dela.

A busca pelo português e pela sua esposa, permitiu encontrar o carro do homem em Roches-de-Moron, entre a fronteira suíça e francesa, por volta das 9 da manhã, apenas três horas depois do ataque.

Dentro do automóvel acidentado, num barranco, encontrava-se gravemente ferido o marido, tendo a esposa sido projetada.

A esposa, de 52 anos, também portuguesa, está nos cuidados intensivos no hospital de Berna e não pôde ainda ser interrogadas pelas autoridades, tal como o marido.

O filho perdeu muito sangue por ter sido esfaqueado. A polícia anunciou que foi objeto de uma operação de microcirurgia no hospital de Lausanne, mas poderá ficar com sequelas.

“O facto de o casal estar vivo é um milagre” disse Simon Baechler, responsável pelo inquérito em conferência de imprensa. A operação de evacuação de marido e mulher demorararam várias horas. A busca envolveu a polícia suíça mas também a Gendarmerie francesa, além de meios aéreos.

O pai, cuja casa foi revistada pelas autoridades, deixou um bilhete sugerindo que queria suicidar-se.