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Cardeal de Colónia investigado por gestão de abusos sexuais retira-se

O Papa aceitou o pedido do cardeal Rainer Maria Woelki, arcebispo de Colónia, de se afastar temporariamente do governo da arquidiocese alemã, informou o Vaticano.

O responsável germânico está a ser investigado pela gestão de casos de abusos sexuais, no contexto de uma visita apostólica ordenada por Francisco, que rejeitou ainda os pedidos de renúncia dos dois bispos auxiliares de Colónia.

A Nunciatura Apostólica na Alemanha precisa que o cardeal Woelki vai passar “um tempo espiritual fora da arquidiocese” de meados de outubro até o início da Quaresma de 2022.

A visita apostólica à arquidiocese de Colónia foi conduzida pelo arcebispo de Estocolmo, cardeal Anders Arborelius, e pelo bispo de Roterdão, Johannes van den Hende, de 7 a 14 de junho.

Segundo os resultados agora divulgados pela representação da Santa Sé na Alemanha, o arcebispo de Colónia não “agiu contra a lei no tratamento dos casos de abuso sexual”, mas mostrou “determinação em combater o crime, em cuidar das vítimas e em promover a prevenção”.

“No seu tratamento geral da questão, porém, o cardeal Woelki também cometeu grandes erros”, ressalta a nota, “sobretudo em termos de comunicação”.

“Isto contribuiu essencialmente para a crise de confiança na arquidiocese”, acrescenta a Nunciatura.

O cardeal esteve no Vaticano, na última semana, para uma “longa conversa” com o Papa.

“É claro que o arcebispo e a arquidiocese precisam de uma pausa, de um tempo de renovação e reconciliação”, indica a nota divulgada pelo portal ‘Vatican News’.

A investigação admite “falhas de gestão”, mas rejeita qualquer intenção de “encobrir abusos ou ignorar as vítimas”.

Um relatório independente pedido pela Igreja Católica na Alemanha concluiu que 314 menores sofreram violência sexual por parte de 202 membros do clero e leigos entre 1975 e 2018 na Arquidiocese de Colónia.

O documento isentou o cardeal Woelki de qualquer tentativa de encobrir a dimensão dos casos.

Em 2020, o responsável tinha recusado tornar público um primeiro relatório elaborado a seu pedido, alegando violação da proteção de dados, decisão mal acolhida por vários setores da sociedade e da comunidade católica.

 

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