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Volta a Portugal: Quem vai suceder a David Blanco?

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Clique para ampliar Com o “rei” David Blanco “deposto” por retirada, há lugar para as restantes tropas disputarem um lugar que, à partida da 75.ª edição da Volta a Portugal, parece ao alcance de quase uma dezena de ciclistas.

Longe vão os tempos em que apostar num vencedor para a Volta a Portugal era um risco “seguro”, um exercício calculado, sem grande necessidade de recorrer a cábulas, classificações passadas, resultados que passam mais ou menos despercebidos.

Mas, este ano, difícil é escolher dois ou três favoritos para o primeiro lugar na prova que arranca na quarta-feira em Lisboa e termina a 18 de agosto em Viseu, e que sofreu a primeira “baixa” antes da partida, com a suspensão de 12 anos aplicada a Sérgio Ribeiro, por irregularidades no passaporte biológico.

Hugo Sabido, pelo dorsal que enverga e pelo estatuto de vice-campeão, é um nome inevitável, até porque preparou milimetricamente a sua presença e, azares à parte, tem nos seus colegas da LA-Antarte um esquadrão resistente e organizado para escoltá-lo nos declives da Serra da Estrela.

Depois há o trio da Efapel-Glassdrive, uma verdadeira conjugação de características díspares, da experiência de Rui Sousa, terceiro em 2012, à regularidade de Hernâni Broco, quinto em 2010 e 2011, passando pela força do espanhol Arkaitz Duran, um todo o terreno que já deu nas vistas no pelotão internacional, e pela incógnita Nuno Ribeiro, único vencedor da Volta presente nesta edição.

O poderio coletivo da equipa cor-de-rosa só encontra paralelo na formação número um do “ranking” nacional, a OFM-Quinta da Lixa, dominadora durante a temporada, que se apresenta no prólogo com um líder assumido, Gustavo Cesar Veloso, sem excluir das contas outros dois espanhóis, Alejandro Marque e Délio Fernandez.

As primeiras dúvidas deverão começar a ser desfeitas na Senhora da Graça, à quarta etapa, mas a grande seleção dos candidatos será feita na Serra da Estrela, centro nevrálgico da Volta, com duas etapas de alta montanha (7.ª e 8.ª), a segunda das quais a terminar na Torre, na véspera do contrarrelógio Sabugal-Guarda.

Com conjuntos mais inexperientes, as duas equipas mais antigas do pelotão português apresentam-se como “outsiders” da luta pelo pódio, sem negarem o desejo de se assumirem como surpresa ao longo dos 1607,2 quilómetros de prova, distribuídos por um prólogo e 10 etapas.

Daniel Silva, o quarto classificado do ano passado, lidera uma Rádio Popular-Onda que mistura experiência com juventude e que dificilmente terá capacidade para controlar sozinha a corrida.

Já a Banco Bic-Carmim adapta-se ao novo estatuto de segunda linha, depois de ter conquistado cinco Voltas a Portugal consecutivas, com David Blanco (quatro) e Ricardo Mestre, antes de viver um descalabro desportivo e económico no ano passado.

A aliança com o novo patrocinador, que incluiu a incorporação de dois ciclistas angolanos no conjunto de Tavira, dá novas esperanças a uma equipa sem chefe de fila, que terá em David Livramento o seu nome mais sonante.

Com o Louletano-Dunas Douradas “destroçado” pela suspensão de Sérgio Ribeiro, restam os estrangeiros para tentar intrometer-se na luta pela geral. No entanto, as 11 equipas vindas de fora deverão concentrar esforços em vitórias de etapas, nomeadamente a Caja Rural, com Manuel Cardoso, e a MTN-Qhubeka, com Gerald Ciolek, a prometerem animar os “sprints”.

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