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Miúdo de 6 anos andou a distribuir ratings da Standard & Poor’s antes da crise

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Clique para ampliar Os mercados financeiros reagiram com fortes desvalorizações esta manhã, depois da agência de notação norte-americana Standard & Poor’s (S&P) reconhecer que as notas às dívidas soberanas e aos bancos foram dadas desde 2006 por Kyle Smith, filho de um diretor dessa agência, que nessa altura tinha apenas 6 anos.

O pai da criança, Bryan Smith, sempre considerou o seu filho sobredotado. Introduziu-o na empresa enquanto analista “fraldinha” quando percebeu que o filho conseguia memorizar os logótipos das empresas financeiras, as bandeiras e a localização dos países. “Ele sabia coisas que mais ninguém conhecia lá na S&P, como por exemplo o facto de Portugal se encontrar entre a Nicarágua e a Guatemala! Tínhamos a máxima confiança nele, ainda por mais sabendo-se que os relatórios seriam ainda verificados por um analista ‘benjamim’ com 12 anos, por um analista ‘júnior’ com 17 anos’, para serem finalmente assinados pelo big boss da S&P, que tem 94 anos e encontra-se numa casa de repouso em Rhode Island, desde que coleciona AVC.” Bryan Smith confiou ao canal de televisão CBS que o seu filho traiu a sua confiança e a dos seus colegas e, por isso, nunca mais o quererá ver na sua vida.

Prestes a fazer 13 anos, Kyle Smith já era analista “júnior” e campeão dos prémios de produtividade na S&P. Kyle foi ontem detido pelo FBI e, hoje de manhã, dezenas de yuppies da Wall Street tentaram agredi-lo nas escadarias do tribunal de Manhattan, enquanto ele não parava de repetir junto do seu advogado “I see dead people”.

Mas o constrangimento não atinge apenas a agência S&P. As autoridades americanas têm estado a analisar as sequências de notas dadas pelas agências congéneres, como a Fitch e a Moody’s. O Procurador de Nova Iorque, Enzo Gorlomi, desconfia que a Moody’s, propriedade de um clube de “velhas senhoras” jogadoras de bridge, que para além de análises financeiras se dedicam à confeção de muffins e de tartes de maçã, se tenham apenas dado ao trabalho de copiar as notações dos “imberbes” da S&P.

Depois de casa roubada, trancas na porta e, como cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém,também a agência de notação chinesa Dagong decidiu reagir ao escândalo, mudando a sua sede do Gulag… perdão, do Campo de Reeducação pelo Trabalho de Yichang para a “big apple” chinesa, Xangai. Tudo para evitar as más-línguas ocidentais!

Ivan G.

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