Porto assina goleada ao Gil Vicente e lidera a Liga

Os cinco golos sem resposta com que o FC Porto bateu o Gil Vicente revelam a diferença acentuada entre a competência da equipa da casa e a impotência de um adversário que apenas rematou uma vez à baliza.

A consistência do coletivo portista ficou também patente pela distribuição dos golos, marcados por Danilo, Vítor Vinha (na própria baliza), Varela, Defour e Jackson Martinez.

Com este desfecho, os “dragões” passam a somar 28 jogos consecutivos sem perder no campeonato, contados desde a última derrota (3-1, em Barcelos, frente ao adversário de hoje), na época 2011/12, à 17.ª ronda, em finais de janeiro do ano passado.

O treinador do FC Porto, Vítor Pereira, apostou na disposição que apresentou há cerca de duas semanas frente ao Benfica, na Luz, isto é, com apenas dois avançados de raiz (Jackson e Varela), mas com Defour e Lucho Gonzalez a “vagabundear” nas zonas de ataque, e os dois laterais (Alex Sandro e Danilo) muito adiantados no terreno.

Quanto à equipa de Barcelos, Paulo Alves apostou num onze com Hugo Vieira, Luís Martins (ambos emprestados pelo Benfica) e Paulo Jorge, todos ainda com pouca “rodagem” de conjunto.

A resistência gilista durou quatro minutos, tantos quantos os adversários “desviados” pela diagonal de Danilo, que conduziu a bola desde o corredor direito para o centro e, à entrada da área, rematou para o primeiro golo.

Sem reação adversária, os “dragões” mantiveram o “rolo compressor” ligado e, aos 12 minutos, numa jogada de insistência junto à linha de fundo, Otamendi tirou Paulo Jorge da frente e cruzou tenso, fazendo a bola embater em Vítor Vinha, traindo Adriano Facchini.

Até ao fim da primeira parte, os gilistas limitaram-se a sacudir a grande pressão da equipa de Vítor Pereira, que podia ter aumentado a vantagem ainda antes do intervalo, mas a Jackson e a Defour faltou alguma pontaria no momento decisivo.

No reatamento, apesar do poderio territorial “azul e branco”, a verdade é que os anfitriões entraram mais relaxadas e, aos 52 minutos, Brito quase reduziu, quando rematou à baliza, ainda fora da área, mas a bola passou a rasar o poste esquerdo de Helton.

Na resposta, Defour fez o 3-0: entrou na área pelo lado canhoto, tirou um defesa da frente e disparou uma “bomba”, sem hipótese para Facchini.

À passagem dos 65 minutos, e já com o Gil Vicente reduzido a 10 jogadores, por expulsão de Cláudio (acumulação de cartões amarelos), Vítor Pereira trocou Defour por Izmaylov, e logo a seguir fez descansar Fernando, rendido por Castro.

No Gil, o atacante Hugo Vieira deu lugar ao central Sandro, numa tentativa de reajustar a equipa, mas o destino da partida há muito que estava determinado, e Varela, aos 75 minutos, encarregou-se de o confirmar, numa cabeçada a desviar com sucesso um cruzamento de Castro na esquerda.

Já no último minuto, Jackson Martinez fez “o gosto ao pé” e reforçou a liderança dos melhores marcadores da prova, “assinando” o seu 15.º tento.