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140 mil pessoas afetadas pelas cheias em Moçambique

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Clique para ampliar Com mais de 140 mil pessoas afetadas pelas cheias que abalam, desde quarta-feira, a província de Gaza, no sul de Moçambique, o regresso à normalidade permanece, por enquanto, longe da vida de milhares de famílias moçambicanas.

Numa extensão de centenas de quilómetros, as águas libertadas por barragens moçambicanas e sul-africanas para a bacio do rio Limpopo invadiram as planícies de Gaza, não se antevendo uma data para a sua partida.

“O escoamento das águas pode durar dois dias, como uma semana, ou mais tempo. Por enquanto não é possível fazer essa previsão”, avançou hoje à Lusa João Ribeiro, director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).

O distrito de Xai-Xai foi a última região a ser atingida pelas enxurradas que, segundo João Ribeiro, estão a afectar mais de 140 mil pessoas. Antes, devastaram dezenas de localidades vizinhas, sendo os distritos de Chókwè e de Guijá os que apresentaram situações mais dramáticas.

Na madrugada de sábado, a força das águas, que não chegaram a entrar no interior de Xai-Xai, capital da província de Gaza, desgastou os pilares de uma ponte de acesso à cidade, forçando as autoridades moçambicanas a encerrar a circulação rodoviária na principal estrada do país, a EN1.

A conta-gotas, e pelo seu próprio pé, milhares de pessoas cruzavam a ponte com cerca de 15 metros de cumprimento, enquanto que a Administração Nacional de Estradas realizava obras de reparação na plataforma.

A circulação de veículos manteve-se interrompida durante todo o dia, o que aprisionou centenas de pessoas no local.

Aprisionadas continuavam, também, várias comunidades em áreas isoladas pelas águas, muitas delas resguardadas em telhados e copas de árvores, conforme jornalistas da Lusa puderam testemunhar.

Ao longo do dia, e segundo o director do INGC, foram resgatadas cerca de 200 pessoas por via aérea, tendo sido, posteriormente, encaminhadas para os centros de acolhimento que as autoridades ergueram.

Depois do alerta de cheias para Xai-Xai que o INGC emitiu na sexta-feira, a cidade quase que ficou deserta, encontrando-se a maioria dos serviços encerrados, durante o dia de sábado, incluindo os postos de combustível.

O mercado informal da cidade foi transferido para uma zona alta da capital provincial, o que obrigou os comerciantes a erguer novas estruturas para os seus negócios.

Por estes dias, com maior ou menor impacto, em Gaza, as enxurradas no rio Limpopo não deixam ninguém indiferente.

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