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Madeira: Sindicatos anunciam marcha contra o desemprego

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Clique para ampliar A União dos Sindicatos da Madeira (USAM), afeta à CGTP, anunciou hoje a realização de uma marcha contra o desemprego no dia 12 de outubro, no Funchal, apelando à mobilização da população.

“Apelamos à população, pensionistas, reformados, desempregados, para que participem, porque queremos que seja uma grande manifestação”, afirmou o coordenador da USAM, Álvaro Silva, numa conferência de imprensa no Funchal, na Quinta Vigia, a sede da presidência do Governo Regional, no mesmo dia em que a CGTP marcou uma manifestação nacional em Lisboa.

A taxa de desemprego portuguesa atingiu os 15 por cento da população ativa no segundo trimestre de 2012, o nível mais alto de sempre, segundo dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, o valor mais alto do país pertence à região de Lisboa, que tem uma taxa de desemprego de 17,6 por cento, seguindo-se o Algarve (17,4 por cento), a Madeira (16,8 por cento), os Açores (15,6 por cento) e o Norte (15,2 por cento), todas também com taxas acima da média nacional.

Álvaro Silva insistiu que os números oficiais “não são exatamente reais”, notando que “há muitos desempregados que não estão inscritos”, e lamentou que o Governo Regional, do PSD, não apresente “uma medida para ajudar esta larga camada da população”.

O dirigente sindical adiantou que a marcha contra o desemprego, integrada numa jornada de luta da USAM entre dia 05 e 13 de outubro, vai começar às 15:30 no Lido, tem continuidade na estrada Monumental, estando prevista a passagem dos manifestantes junto à Quinta Vigia. A marcha culmina com uma intervenção sindical na avenida Arriaga.

“Não podemos ter medo, nem deixar para os outros aquilo que temos de manifestar, a nossa indignação”, exortou o responsável, desafiando os desempregados de áreas tão diversas como a educação, saúde, comércio, hotelaria ou restauração a marcarem presença na rua.

Antes, na próxima segunda-feira, dia 01, a USAM adere ao Dia Nacional de Luta, convocado pela intersindical, promovendo, junto à Assembleia Legislativa da Madeira, uma tribuna sindical.

Álvaro Silva insistiu que as medidas de austeridade, do Governo, de coligação PSD/CDS-PP, estão a levar o país “para um caminho sem retorno”.

“Para o abismo”, apontou Álvaro Silva, garantindo que “o povo e os trabalhadores hoje vão dizer basta de mais sacrifícios”, porque, apesar de o Governo ter dado um “passo atrás” nas alterações à Taxa Social Única, “prepara-se para dar dois passos à frente”, com mudanças no IRS.

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