A primeira edição da Web Summit na cidade brasileira do Rio de Janeiro começa hoje com 25 ‘startups’ portuguesas que até quinta-feira procuram internacionalizar as suas marcas no gigante mercado sul-americano.
“Num mundo globalizado, o empreendedorismo apenas próspera através da criação de redes, da troca de conhecimento e de experiências. Nada se faz nem acontece fora de uma grande equipa que é a globalidade dos ecossistemas criativos”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, António Montenegro Fiúza, que organiza, no mesmo dia, uma sessão pré-Web Summit para dar a conhecer a delegação portuguesa, numa sessão que ajudará as empresas portuguesas a fazerem negócios no Brasil.
António Montenegro Fiúza acredita que tanto Portugal, como o Brasil, “necessitam de apostar nas indústrias de alto valor acrescentado, entrando fortemente no mundo das economias digitais”.
Até porque, frisou, “numa sociedade cada vez mais marcada pela instabilidade e pelos pequenos ciclos económicos, a segurança e a estabilidade acontece pela valorização da capacidade de empreender e de inovar”.
“É essa a marca das novas gerações, a marca da criatividade que se alia à sustentabilidade”, disse, acrescentando que num ambiente económico cada vez mais desmaterializado, “são os serviços e o ‘software’ a definitiva mercadoria dos novos tempos”.
Até quinta-feira, a 1.ª edição da Web Summit Rio vai juntar mais de 900 ‘startups’, 500 investidores e mais de 300 oradores. No total, vão participar mais 20.000 fundadores, investidores, meios de comunicação, entre outros, de mais de 100 países que esgotaram os bilhetes há mais de um mês.
Portugal vai estar representado por 25 ‘startups’, ligadas a áreas como ‘software’, educação ou inteligência artificial.
BlockBee, Blue Insight Technologies, Deeploy.me, Dizconto, Enline, Frontfiles, Go Beesiness, Hoopers, IDE Social Hub, Infinite Foundry, ITERCARE, Knok Healthcare, LEADZAI, Mentorise, Modatta e Move, assim como a My Data Manager, MyCareforce, ndBIM, Neroes, Sensei, SheerME, Swood, Vawlt Technologies e Wallstreeters serão os representantes portugueses, que no primeiro dia pretendem reunir-se com os ‘stakeholders’ (partes interessadas) locais, estando agendadas várias sessões sobre processos legais, fiscais e oportunidades de negócio.
Esta sessão vai contar com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, da cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Gabriela Soares, do secretário do Desenvolvimento Económico e Inovação do Rio de Janeiro, Francisco Bulhões, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Pais, do presidente da Câmara Portuguesa do Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, António Fiúza, do diretor executivo da Startup Portugal, António Dias Martins, bem como da diretora municipal da Direção Municipal da Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, Margarida Figueiredo.
Cabo Verde será outro dos países lusófonos representados com duas ‘startups’, numa delegação chefiada pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que também, pela primeira vez, será orador na conferência, onde vai apresentar o tema “Transformação digital de uma Nação”.
O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028.
A empresa anunciou recentemente a sua expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar prevista para o início de 2024.