Um monumento comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril que inclui a representação de um cravo vermelho com cinco metros de altura vai ser inaugurado em Tábua, na quinta-feira.
A iniciativa realça “a importância dos valores da democracia, da liberdade, da igualdade e da solidariedade”, instituídos em Portugal “após um período obscuro de 48 anos” sob a ditadura de Salazar e Caetano, informa a Câmara Municipal num comunicado enviado hoje à agência Lusa.
A cerimónia inaugural, no Dia da Liberdade, às 11:30, é “o momento alto das comemorações” locais do meio século da Revolução dos Cravos, organizadas pelo município de Tábua, no distrito de Coimbra, cujo executivo tem Ricardo Cruz como presidente.
“Comemorar a democracia e a liberdade é um ato cívico que deve envolver toda a comunidade, transmitindo às gerações mais jovens os princípios e os valores associados ao 25 de Abril, sendo fundamental continuar a trabalhar no sentido de assegurar a sua defesa e valorização”, afirma Ricardo Cruz, citado na nota.
O autarca do PS sublinha ainda que “os ideais de Abril continuam enraizados e consolidados” entre a população do concelho.
Também para “evocar esta data marcante do Portugal contemporâneo”, o programa começa às 09:30, com o hastear das bandeiras nacional e municipal, ao som da Academia Artística e do Coro Polifónico de Tábua, que entoam temas relacionados com a efeméride, a que se segue, às 10:00, uma sessão solene no salão nobre dos Paços do Concelho.
Às 16:30, decorre uma visita ao Painel de Abril, no túnel de acesso à praça António Castanheira Neves, uma pintura alusiva ao 25 de Abril executada pela Editorial Moura Pinto, que antecede a representação da peça de teatro musical “Era o Dia de Cantar”, pela Associação Contracanto, no Centro Cultural de Tábua, às 17:00.
Há 50 anos, no 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA), envolvendo sobretudo jovens capitães dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Armada e Força Aérea), executou com sucesso um golpe que derrubou a ditadura fascista, cujo estratega foi o então major Otelo Saraiva de Carvalho.