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Portugal defende fim imediato de guerra na Ucrânia

A Conferência Interparlamentar para a Política Externa de Segurança Comum e a Política Comum de Segurança e Defesa reuniu na passada segunda-feira, em Madrid, parlamentares de 25 países da UE, incluindo Portugal, e de vários países candidatos ou associados, que analisaram os principais desafios que a UE enfrenta, entre os quais a guerra na Ucrânia.

No decorrer da conferência, os deputados analisaram a situação na Ucrânia no painel “Ameaças da Rússia – Invasão da Ucrânia e Consequências Globais”, onde concordaram em sublinhar o seu apoio inabalável a Kiev e salientar a necessidade de repensar as sanções que não estão a funcionar, bem como a relação com os países que estão a dar o seu apoio à Rússia.

A abertura do debate esteve a cargo do ministro da Defesa da Ucrânia, Rustern Umerov, e do diretor-adjunto para a Europa de Leste, Rússia, Ásia Central, Cooperação Regional e OSCE, do Serviço Europeu de Ação Externa, Luc Devigne.

O deputado eleito pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, interveio no painel, onde defendeu a importância de pôr fim à guerra com uma vitória da Ucrânia e sobre o efeito das sanções que, segundo o mesmo “até agora parecem não ter ainda atingido o principal objetivo, que é de enfraquecer e isolar a Rússia, para que a guerra acabe rapidamente”, como escreveu numa publicação do Facebook. Pode ler a intervenção completa do deputado aqui.

Ao longo do dia realizam-se ainda outros dois painéis com os temas das prioridades da política externa e de segurança comum e sobre as políticas de segurança e defesa da União Europeia.

O presidente do Senado, Pedro Rollán, encerrou o a conferência a realçar o “grande desafio” que será proporcionado ao dotar a UE dos instrumentos necessários para enfrentar questões geopolíticas de grande escala, colocando a questão de “se seremos capazes de continuar a ser um ator global que não será eclipsado por gigantes como os Estados Unidos e a China”.

“Temos muito em jogo neste desafio. Se não formos capazes de preservar a nossa autonomia estratégica, será difícil defendermos os nossos interesses comuns enquanto europeus, bem como a validade dos valores democráticos em que se baseia a nossa União”, acrescentou.

Além disso, Pedro Rollán considerou inevitável que a Europa redobre os seus esforços para reforçar a base tecnológica e industrial da sua defesa e tome medidas decisivas na construção de uma UE de Defesa em que sejam mantidos os padrões necessários de controlo, informação e consulta parlamentar.

A presidente do Congresso, Francina Armengol, afirmou também que a UE deve “comprometer-se em alcançar uma capacidade autónoma para responder às crises e resolver conflitos internacionais, compatível com a defesa clássica da NATO e das defesas nacionais”.

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