De que está à procura ?

Mundo

Motards portugueses foram a Bissau levar ajuda humanitária

© Casa Emanuel

Nove membros da associação portuguesa Motociclistas Sem Fronteiras fizeram 5.200 quilómetros até Bissau, onde ofereceram uma carrinha, medicamentos e material escolar ao lar de crianças guineenses Casa Emanuel.

Paulo Almeida, presidente da associação, constituída essencialmente por pessoas da região de Lisboa, contou à Lusa que o grupo passou por Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal “para trazer afeto à Casa Emanuel”.

Na bagagem, carregada por sete motos e uma carrinha, o grupo trouxe medicamentos, material escolar e roupa para entregar à madre Isabel Joanin, que gere a Casa Emanuel, um dos poucos lares que acolhem crianças em dificuldades na Guiné-Bissau. 

A presidente do lar manifestou a sua alegria ao saber que o grupo ia deixar para a sua instituição uma carrinha como oferta.

Atualmente, disse à Lusa a madre Isabel, como é carinhosamente tratada pelos guineenses, o lar, situado no bairro de Hafia, subúrbios de Bissau, acolhe 54 crianças e outras tantas que vivem nas comunidades periféricas.

Naquela que é a primeira missão solidária à Guiné-Bissau, durante 14 dias, o grupo liderado por Paulo Almeida não olhou às dificuldades que teve de enfrentar até entregar a ajuda à Casa Emanuel.

A carrinha que carregou os medicamentos, material escolar e roupa para as crianças já não volta para Portugal porque foi entregue à madre Isabel, que agradeceu a “grande ajuda”.

“Trouxeram uma carrinha e nós estávamos com uma urgência em arranjar uma carrinha com espaço para acolher tantas crianças que apoiamos em Bissalanca para trazer aqui ao hospital”, observou a matriarca da Casa Emanuel.

Ultimamente, explicou a madre Isabel, a organização tem-se dedicado a dar apoio às crianças das comunidades carenciadas nos arredores de Bissau.

“Apoiamos muitas crianças que não vivem aqui no lar, mas que vêm cá comer pelo menos uma refeição quente por dia. Essa carrinha vai ajudar muito”, referiu.

A madre Isabel explicou ainda que, pelo menos durante algum tempo a Casa Emanuel terá alguns medicamentos, devido à oferta dos “amigos portugueses”. 

“Todo o medicamento que é utilizado no hospital da Casa Emanuel é comprado à farmácia”, explicou.

A única mulher no grupo de ‘motards’ portugueses, Margarida Loureiro Paulino, não se sente especial por isso, mas sente-se orgulhosa por estar a ajudar crianças da Casa Emanuel, naquela que é a sua primeira missão fora de Portugal.

“Tem sido duro, mas a missão que fazemos aqui é mais forte”, afirmou Margarida.

Também sem olhar para as dificuldades, Rafael Oliveira Paulino observou que o lema da associação é “fazer a diferença na vida dos outros”, através de viagens de moto para “combater a hipocrisia neste mundo de consumismo”.

“Vir aqui é fazer a diferença na vida destas crianças. Isso é possível com pessoas como nós. Somos um exemplo (…) se calhar um quilograma de açúcar ao pequeno-almoço destas crianças faz mesmo muita diferença, porque adoça mais a vida”, concluiu Paulino.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA