De que está à procura ?

Portugal

Levadas da Madeira propostas a Património Mundial da UNESCO

© DR

O Estado português prepara-se para apresentar a candidatura das levadas da Madeira a Património Mundial da UNESCO em 2023.

“Esperamos concluir a versão final até ao final do ano [2022] e a nossa expectativa é que Portugal eleja esta candidatura das levadas da Madeira como a candidatura de Portugal à UNESCO em 2023”, afirmou Susana Prada, secretária regional do Ambiente.

Susana Prada falava aos jornalistas na inauguração da exposição itinerante “Levadas da Madeira”, desenvolvida pelo Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), no Funchal, no âmbito da candidatura à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

A secretária regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas explicou que a primeira versão do projeto foi entregue à Comissão Nacional da UNESCO em 15 de fevereiro, após três anos de trabalho, que envolveu também a Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), a empresa Água e Resíduos da Madeira (ARM) e a Direção Regional da Cultura, contando ainda com a colaboração do historiador Rui Carita, do engenheiro civil especializado em hidráulica Jorge Pereira e do geógrafo Raimundo Quintal.

“Dos canais públicos principais escolhemos oito levadas que, no nosso entender, são as que representam melhor a história da água na Madeira a partir do século XVIII”, disse.

As levadas do Rei, do Caldeirão Verde, do Risco, das 25 Fontes, do Alecrim, do Norte, dos Tornos e da Serra do Faial, numa extensão total de 75 quilómetros, percorrem quase toda a ilha da Madeira, entre o norte e o sul, grande parte através da floresta laurissilva, que foi classificada Património Mundial Natural em 1999.

“A candidatura inclui também dois metros para cada lado das levadas, o que perfaz uma área de 25 hectares” explicou Susana Prada.

Na Madeira, os canais para transportar água começaram a ser construídos no século XV, no início do povoamento da ilha, e a obra prosseguiu até ao século XX, originando uma rede com cerca de 3.100 quilómetros.

As levadas dos séculos XV e XVI estão desativadas, pelo que a candidatura à UNESCO seleciona um conjunto de canais construídos entre os séculos XVIII e XX, que atualmente são também utilizados como percursos turísticos, constituindo um dos principais cartazes da região.

“O objetivo é que a UNESCO reconheça a história da água na Madeira”, disse Susana Prada.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA