No início do mês de março assinalaram-se os 91 anos do falecimento de John Philip Sousa, insigne compositor e maestro de banda luso-americano, do romantismo tardio, popularmente conhecido como “O Rei das Marchas”, como The Stars and Stripes Forever, marcha oficial dos Estados Unidos.
John Philip Sousa nasceu em Washington, a 6 de novembro de 1854, terceiro dos dez filhos do português João António Sousa e de uma austríaca, Marie Elisabeth Trinkaus, a sua precoce vocação musical levou a que ainda muito jovem se iniciasse nos estudos musicais, tocando violino, e aprendendo composição musical.
Em 1892, o musicógrafo luso-americano apresentou, em New Jersey, a sua própria banda, a “Sousa Band”, encetando um percurso musical fulgurante. Desde essa data até à década de 1930, realizou mais de quinze mil concertos, sendo que no ocaso do séc.XIX a sua banda representou os Estados Unidos da América na Exposição Universal de Paris.
Antes em 1888, tinha já composto a marcha “Semper Fidelis” que foi adotada como marcha oficial do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América. A 14 de maio de 1897, em Filadélfia, no decurso da inauguração solene de uma estátua de George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos da América, em que esteve presente o presidente norte-americano dessa época, William McKinley, foi tocada pela primeira vez em público a marcha intitulada The Stars and Stripes Forever
(Estrelas e Barras para Sempre), considerada a obra-prima do luso-americano, e que mereceu as honras, por lei do Congresso dos Estados Unidos, de marcha nacional do país.
Afamado compositor e maestro, John Philip Sousa, escreveu também obras poéticas, de ficção, manuais, crónicas jornalísticas e uma autobiografia, tendo inclusivamente idealizado um instrumento de sopro da família dos metais, o Sousafone, uma tuba especial que o executante apoia no ombro para que possa executá-la enquanto anda ou marcha, e que é o maior dos instrumentos de sopro.
John Philip de Sousa, que faleceu no dia 6 de março de 1932, e foi sepultado com honras oficiais em Washington, no Cemitério do Congresso, é indubitavelmente uma das figuras luso-americanas de maior destaque na cultura e história norte-americana.
Daniel Bastos