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“Hálito Azul”: mais um filme português no Luxemburgo

Esta semana está no Luxemburgo mais um filme do Cineclube Português. A obra que pode ver no cinema Utopia é um documentário ficcionado do vimaranense Rodrigo Areias inspirado em duas obras de Raul Brandão “Os Pescadores” e “As Ilhas Desconhecidas”.

Os Açores são a vedeta desta docuficção que conta a história de uma vila piscatória esmagada contra o oceano pela encosta de um vulcão. Ribeira Quente, na ilha de São Miguel, vive os últimos dias de uma atividade piscatória tal como a conhecemos. A vida continua, mesmo com o peixe a escassear e todos os habitantes lutam arduamente por dias melhores.

Rodrigo Areias leva-nos até à Ribeira Quente para compor uma malha de narrativas deambulantes que cruzam pessoas, personagens e fantasmas que coexistem num território singular e complexo.

“Hálito Azul” documenta, a meio caminho entre o antropológico e o poético, esse espaço específico e as pessoas que o habitam, que vivem e morrem no mar, e que, com o decorrer dos séculos, o foram moldando à medida das suas necessidades. Mas o filme também se interessa pelo processo inverso, pelo fascínio que o homem vai alimentando acerca das superstições e mitos locais.

Com argumento de Rodrigo Areias e Eduardo Brito, “Hálito Azul” apresenta habitantes reais da vila pitoresca que serve de base à história, misturando-os com personagens de ficção, interpretadas por Tânia Dinis e José Medeiros que nos conduzem pelas linhas narrativas da obra de Raul Brandão.

Ver “Hálito Azul” é dramático, mas também é um passeio em balão de ar quente sobre aquela comunidade que o realizador filma sem incomodar, ao som da música de HiFi Kub e de The Legendary Tigerman em acordes oníricos que fazem esquecer as dificuldades daquelas pessoas.

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