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“Golpe do amor” com empresário português e brasileira

© DR

Um empresário português é acusado de burlar uma mulher brasileira, ex-companheira. Entre casamento, gravidez, dívidas e justiça, Bruno Fontes alega não ter realizado um “golpe do amor”.

O português vê-se envolvido num processo de burla e de “golpe do amor”, acusado pela ex-companheira, Fernanda Oliveira.

“Com distintivo no peito, Bruno Fontes se apresentava na internet como agente da polícia internacional. Dessa forma, por meio de uma rede social, ele entrou na vida da secretária Fernanda, em maio de 2019. Eles namoraram e chegaram a marcar o casamento. Porém, logo as verdadeiras intenções dele apareceram. Ele fez dívidas com o cartão de crédito dela e da família e depois sumiu”, revela uma reportagem do Jornal da Record, jornal brasileiro.

Na reportagem, refere-se que, com apenas um mês de namoro, marcaram o casamento. Fernanda não esconde que Bruno lhe tratava bem, lhe trouxe a aliança e lhe chamava “Amor”. Admite que o suposto golpista fazia de tudo para não levantar suspeitas entre a família. “Foi só depois de conquistar todos em casa que começou a colocar o plano em ação”, transmite a reportagem do Jornal da Record.

Quando Bruno começa a pedir dinheiro à família, Fernanda disponibiliza crédito do seu cartão de 1.500 reais, e a sua mãe empresta 6.000. Hoje, alega que as dívidas bancárias das duas estão em 8.000 e 30.000 reais, respetivamente. O caso foi entregue à polícia.

A alegada lesada refere não estar preocupada com o golpe, mas com o sofrimento da família. “O golpe a gente até consegue resolver. O problema é a gente ver a minha família a passar necessidades. Só quero que ele me pague o que me deve. Só!”, termina Fernanda.

Bruno Fontes, de 40 anos, é acusado pela ex-namorada de realizar um golpe e uma burla, de fingir ser agente da Interpol e de fugir sem saldar as dívidas que tinha com Fernanda Oliveira. Em declarações, veio defender-se.

A relação começa “há quatro ou cinco anos” a partir das redes sociais. Bruno alega ao Notícias ao Minuto que nunca referiu ser agente da Interpol e que as fotografias que tem com distintivos de polícia são tiradas por Fernanda “por fetiche”. O português diz até que “os distintivos eram dela, tinha um monte de amigos polícias”. Contudo, Bruno já tinha trabalhado com autoridades. “Trabalhei com a polícia civil em São Paulo e ela sabia que eu prestava serviço e queria que fosse melhor (aos olhos da família). Foi uma brincadeira dentro de casa, mas nunca pus isso nas redes sociais”, evidencia o homem.

Do namoro segue-se o pedido de casamento por uma alegada gravidez da namorada. Uns meses depois de começarem a namorar, Bruno revela que a senhora começa “a sentir uns enjoos”. Mesmo nunca tendo visto nenhuma prova de que a mulher estava grávida, o português reflete que um pedido de casamento seria o passo a seguir. “Eu ia casar porque sabia que ela estava grávida”, ressalva.

Já com alguma logística para o casamento avançada, Fernanda perde alegadamente o bebé. Bruno sabe num dia em que está a 400 quilómetros de casa, quando a noiva telefona a dizer que sente perdas de sangue. O noivo aconselha a que a brasileira vá ao médico com a mãe e avisa que está a voltar para casa. Quando chega, recebe a notícia, sem haver nada que comprove a perda do feto ou a existência da gravidez. “Foi então que Bruno se começou a afastar daquele relacionamento” depois de uma amiga do casal lhe ter dito que Fernanda nunca havia estado grávida.

Em 2020, Bruno começa a ter dívidas por ser proprietário de ginásios, que estavam fechados por causa da pandemia. Vê-se obrigado a pedir a agiotas dinheiro que não consegue pagar, e recorre a Fernanda, sob o risco de sofrer represálias dos onzeneiros. Fernanda ajuda e Bruno compromete-se a pagar tudo de volta à senhora. “A relação viria depois a terminar, mas o homem afirma que Fernanda mantinha a esperança de reatar consigo”, escreve o Notícias ao Minuto.

O pagamento seria feito em 12 prestações, e Bruno alega ter pagado tudo a tempo. No entanto, na altura de pagar a nona prestação, Fernanda descobre que o ex-noivo está com outra mulher, com quem já tinha, inclusive, casado. “Quando descobriu que eu tinha outra mulher começou a ameaçar-me, a publicar coisas no Facebook sobre mim e a minha mulher”, alegando até que Fernanda tinha pedido a amigos polícias para irem falar com a esposa de Bruno.

Suspende os pagamentos e apresenta queixa. O português admite que a brasileira lhe ligou a pedir desculpa e foi realizado um pedido de retração pelas publicações no Facebook de Fernanda. A queixa foi retirada e os pagamentos voltaram a ser normalizados.

“Paguei até novembro do ano passado, só faltou uma prestação de 480 reais (cerca de 95 euros), mas ela faltou com a palavra dela (a mulher terá continuado a denegrir a imagem de Bruno), então não quis pagar mais. Disse-lhe que resolvíamos na justiça. Aí ela mandou tudo para a imprensa”, conclui ao Notícias ao Minuto.

Bruno garante ao site: “Não dei golpe do amor, nem desapareci, ela tem os meus contactos”.

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