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Diamantino Antunes: um bispo de Leiria em Moçambique

O bispo de Tete, em Moçambique, pede à Igreja portuguesa que “não perca a dimensão missionária” porque “o dar e receber” é uma complementaridade que enriquece as pessoas.

“A Igreja não pode perder a dimensão missionária, no passado havia menos meios mas fomos longe e fizemos muito pela evangelização e promoção dos povos” disse à Agência Ecclesia D. Diamantino Antunes.

Em pleno outubro missionário, o religioso português daquela diocese moçambicana realça que os povos devem “estar abertos à missão” porque “o dar e receber é uma complementaridade” que enriquece as pessoas.

O bispo de Tete refere que a igreja moçambicana é “jovem” e está “em crescimento e muito sinodal”.

Diamantino Antunes realça que a Igreja moçambicana tem “raízes no passado muito ligadas à evangelização de Portugal”.

Desde 1977, com a primeira assembleia nacional de pastoral, a Igreja em Moçambique optou por ser uma “igreja de base, de comunhão e participação assente nas pequenas comunidades e nos ministérios laicais”.

“Os leigos têm uma vida muito participativa na vida pastoral da Igreja” e “são os primeiros protagonistas da evangelização”, afirmou o responsável, recordando o Sínodo sobre a sinodalidade, que decorre no Vaticano.

O missionário português, responsável pelo Departamento da Catequese em Moçambique, reconhece que o processo catequético naquele país “está muito assente no catecumenado, evangelização dos adultos”.

Com uma grande taxa de iliteracia, a Igreja em Moçambique está “atenta às novas gerações e procura ter uma linguagem adaptada aos tempos novos”.

A “grande dificuldade”, acrescenta o entrevistado, são os meios e a “diversidade de línguas” que existem naquele país lusófono.

O bispo nasceu em Albergaria dos Doze, Leiria, a 30 de novembro de 1966. Entrou no Instituto Missões Consolata em 1978, emitiu a primeira profissão a 20 de agosto de 1989, em Vittorio Veneto, em Itália.

Depois de completar os estudos de Teologia em Roma é destinado a Moçambique para fazer o estágio pastoral. Chega a Maputo em outubro de 1992 e é destinado à paróquia de Cuamba, diocese de Lichinga, província do Niassa. Foi ordenado diácono no dia 5 de Dezembro de 1993 em Cuamba.

Recebe a ordenação sacerdotal, em 30 de julho de 1994 no Santuário de Fátima, em Portugal. Enviado para Roma para continuar os estudos de especialização, concluiu o mestrado em Teologia Dogmática na Univeridade Gregoriana, em 1996 e prosseguiu os estudos, concluindo o doutoramento em Teologia Dogmática na Universidade Gregoriana em 1999.

Regressou a Moçambique em Novembro desse mesmo ano tendo sido destinado a Mepanhira, onde foi pároco  entre 1999 e 2002 e depois também de Mecanhelas (2000-2005) e Entre-Lagos (2002-2005).

Em Dezembro de 2005 é transferido para a diocese de Inhambane. Foi nomeado pároco de Nova Mambone a 6 de Fevereiro de 2006 e a 4 de Maio de 2007 foi nomeado director do Centro Catequético do Guiúa, Pároco da Paróquia de Santa Isabel de Guiúa e Vigário Pastoral da Diocese de Inhambane.

A 8 de julho de 2014 foi eleito superior regional dos Missionários da Consolata em Moçambique. Foi nomeado Postulador da Causa de Canonização da Serva de Deus, Luísa Mafo e Companheiros Mártires de Guiúa.

No dia 23 de março de 2019 foi designado Bispo de Tete. Recebeu a ordenação episcopal e tomou posse da diocese de Tete no dia 12 de maio de 2019.

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