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Atletas paralímpicos sonham com pódio de Paris

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Os atletas Miguel Monteiro e Carina Paim, medalhados de bronze nos Mundiais de atletismo paralímpico, que decorrem em Paris, prometem trabalhar para alcançar lugares de pódio nos Jogos paralímpicos de 2024, também na capital francesa.

À chegada no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, após a participação nos Mundiais, os dois atletas mostraram-se focados no futuro, com Miguel Monteiro a apontar já às olimpíadas de Paris, agendadas para o próximo ano.

“Este ano vai ser muito trabalhoso, tanto na universidade como no atletismo. Vamos continuar a treinar, muito arduamente, para chegarmos a Paris na melhor forma possível e assim conquistarmos boas marcas”, disse.

Nos Mundiais de atletismo paralímpico que decorrem em Paris, o lançador conquistou a medalha de bronze na prova do lançamento do peso F40 e conseguiu a primeira vaga para Portugal nos Jogos Paralímpicos do próximo ano.

No estádio Charléty, em Paris, Miguel Monteiro, que é recordista do mundo da categoria F40 (atletas de baixa estatura), assegurou o bronze com um lançamento a 11,14 metros.

O lançador português, de 22 anos e também medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, terminou atrás do alemão Yannis Fischer (11,43) e do iraquiano Garrah Tnaiash (11,28), que conseguiram as medalhas de ouro e prata, respetivamente, e reserva no trabalho dedicado os resultados que estão para vir, procurando melhorar o rendimento alcançado nos Mundiais.

“Sabemos que conseguimos lançar mais e melhor. Fomos aprimorando cada vez mais a técnica ao longo de todos os lançamentos, foi bastante gradual e só no último lançamento atingi os 11,14 metros. Vamos continuar a trabalhar para, no futuro, atingir ainda melhores marcas e, consequentemente, melhores posições”, perspetivou Miguel Monteiro.

Por sua via, Carina Paim garantiu a medalha de bronze nos 400 metros T20 (deficiência intelectual) nos Mundiais e assegurou a segunda vaga para Portugal nos Jogos Paralímpicos de 2024.

Numa final em que a norte-americana Breanna Clark conquistou o ouro, com uma marca que constitui novo recorde do mundo (55,12 segundos), Carina Paim cronometrou 58,51, atrás da ucraniana Yuliia Shuliar (56,29), que foi segunda, um resultado que surpreendeu inclusivamente a própria atleta lusa.

“Os meus objetivos neste mundial eram abrir quota (para Portugal) nos Jogos de Paris, e foram concretizados. Em relação à medalha, não estava mesmo nada à espera de conseguir chegar ao pódio, esta foi a minha primeira competição a seguir a uma cirurgia que fiz aos pés e pensei que este ano seria impossível chegar ao pódio”, admitiu, satisfeita.

Após um resultado de realce nos Mundiais, a corredora projeta, com base no trabalho duro, chegar a lugares de destaque nas olimpíadas.

“A preparação vai ser mais à frente do que estávamos antes e temos mais uma motivação para trabalhar”, concluiu.

Os Mundiais de atletismo paralímpico, competição na qual Portugal está representado por 10 atletas, decorrem até 17 de julho e garantem aos quatro primeiros classificados de cada prova a abertura de quotas não-nominais para o respetivo país para os Jogos Paralímpicos Paris2024.

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