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Alunos protestam contra fim de aulas de português em Caracas

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Dezenas de alunos e empregados do Instituto Cultural Brasil – Venezuela (ICBV) manifestaram-se esta semana, em Caracas, contra o encerramento daquele organismo, onde mais de 250 alunos frequentam aulas de português.

O protesto teve lugar junto da embaixada do Brasil, em La Castellana, leste de Caracas, e segundo explicou a diretora do ICBV, Irlanda Rincón, o encerramento, que espera que seja “temporário”, terá lugar a 06 de dezembro, por motivos económicos.

Irlanda Rincón explicou que havia um acordo de cooperação económica entre a embaixada do Brasil na Venezuela e o ICBV, que terminou em dezembro de 2013.

Desde então, o ICBV tem funcionado com contributos do setor privado, que entretanto foram reduzidos, o que os impede de pagar o aluguer da quinta onde funcionam, que já tem vários meses em atraso.

A decisão de encerrar o ICBV foi notificada aos professores em 18 de novembro, e afetará 250 alunos que estudam regularmente a língua Portuguesa.

Valentina Cova, uma das professoras do ICBV, insistiu na importância do trabalho que tem sido feito na promoção do português, lamentando que a medida leve também à paralisação de cursos de música, aulas de samba e outros ritmos brasileiros, que o instituto realiza em Caracas.

O Instituto Cultural Brasil – Venezuela foi criado em 1994 com o propósito de promover as culturas brasileira e venezuelana.

Atualmente, tem 20 professores e 11 empregados em distintas áreas.

O organismo possui um centro de documentação sobre o Brasil, um arquivo com centenas de livros e mais de 400 títulos da cinematografia brasileira.

Entre 2016 e 2017, em média 500 alunos frequentavam aulas regulares de português.

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