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O meu subconsciente é um velho simpático

“Os sonhos são as manifestações não falsificadas da atividade criativa inconsciente”

Carl Jung

Fecho os olhos para dormir. Já pensaram que para adormecer é preciso fazer de conta que estamos a dormir? Pois é.

Bem, estava a preparar-me para começar a dormir, dou por mim a começar a sonhar, enquanto penso para os meus botões, “Olha adormeci!”!

Estou a caminhar numa rua que me é familiar, em S. Mamede de Infesta. Para quem conhece, descia a rua de Santos Dias, virei para a rua Padre Manuel de Castro em direção à minha escola primária. À medida que me vou aproximando do portão, consigo ver no recreio uma grande árvore frondosa com folhas verdes, e um senhor sentado numa das raízes da árvore, que me chama para me sentar ao lado dele.

Ele começa-me a contar uma história: “Ah, minha querida ainda bem que chegaste, prepara-te para ouvir uma história que me faz tremer só de recordar.”

Eu sento-me, curiosa para o ouvir. Entretanto, olho para os meus pés e vejo que voltei a ser criança. 

“Foi há muito tempo, no fatídico dia 1 de novembro de 1755, que Lisboa foi devastada por um terramoto que jamais esquecerei. O dia começou lindo, com sol, tranquilo, a cidade acordava para a sua rotina habitual. As pessoas andavam pelas ruas de paralelos, cumprimentavam-se ao mesmo tempo que realizavam as suas tarefas. Eu, estava na minha casa modesta, perto da Praça do Comércio, quando se ouviu um grande estrondo. 

Passados segundos, o chão começou a tremer violentamente, tudo à minha volta começou a cair e a partir. O medo tomou conta de todos, ouviam-se gritos de pavor de todo o lado, misturado com o som dos edifícios que rangiam à medida que caiam. 

Corri para a rua, à procura de segurança, mas as ruas estavam um caos. Pessoas corriam para fugir aos escombros que caíam dos edifícios, o terror era palpável e todos procuravam um lugar seguro. 

O tempo passava e o terramoto ficava pior. Nem as igrejas e palácios escaparam, todas viraram um monte de pedras e pó. Era um cenário de destruição total, completa miséria em todo o lado. 

Mas, o pior ainda estava por vir. Pouco tempo após o terramoto, uma grande onda galgou pela cidade, trazia navios e barcos e varria tudo por onde passava. As águas invadiram todas as ruas. Era o próprio apocalipse. 

Após o tormento ter passado, o silêncio absoluto era terrível. Milhares de pessoas jaziam mortas no chão das ruas. Os que sobreviveram estavam fora de si, sem reação, em choque. Eu olhei em volta, a cidade estava arruinada, um cenário de desolação e dor. 

Aquele terramoto de 1755, deixou uma marca inesquecível na memória de todos nós que o vivenciamos. Foi uma tragédia que nos ensinou a importância da solidariedade, da união e da força do espírito humano diante da adversidade. Até hoje, a história daquele dia sombrio é contada para que jamais esqueçamos dos horrores que a natureza é capaz de infligir. 

Assim, minha querida amiga, compartilhei contigo um relato vivo daquele terramoto fatídico em Lisboa, para te lembrar que nada nos pode destruir se nos mantermos com esperança e resilientes! Não desistas!”

Entretanto acordei, a chorar. 

Deixo-vos uma receita muito especial para mim, Sopa de Marisco:

Ingredientes:

500g de camarões médios, descascados e limpos

500g de mexilhões ou amêijoas frescas

500g de peixe branco (linguado, robalo, pescada), cortado em pedaços

2 cebolas médias, picadas

4 dentes de alho, picados

2 tomates maduros, sem pele e sem sementes, picados

1 pimento vermelho, sem sementes, picado

2 colheres de sopa de azeite 

1/2 xícara de vinho branco seco

1 litro de caldo de peixe ou caldo de legumes

1 folha de louro

1 ramo de salsa fresca

1 colher de chá de paprica 

Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:

  1. Numa panela grande, aqueça o azeite em fogo médio. Adicione a cebola, o alho e o pimento vermelho. Refogue por cerca de 5 minutos, até que os legumes estejam macios e levemente dourados.
  2. Adicione os tomates picados à panela e cozinhe por mais 2 minutos, mexendo ocasionalmente.
  3. Acrescente o vinho branco à panela e deixe ferver por 2-3 minutos, para que o álcool evapore.
  4. Adicione o caldo de peixe ou caldo de legumes, a folha de louro, a salsa e a paprica. Tempere com sal e pimenta a gosto. Deixe a sopa ferver em fogo médio-baixo por cerca de 15 minutos, para apurar os sabores.
  5. Enquanto a sopa está a ferver, prepare os mariscos. Em outra panela, coloque água para ferver e adicione os mexilhões ou amêijoas frescas. Cozinhe por cerca de 5 minutos, ou até que as conchas estejam abertas. Descarte as conchas que permanecerem fechadas. Reserve os mexilhões ou amêijoas cozidas.
  6. Adicione os camarões à panela da sopa e cozinhe por cerca de 3-5 minutos, até que fiquem rosados e cozidos. Retire alguns camarões inteiros da sopa e reserve-os para decorar.
  7. Retire a folha de louro e o ramo de salsa da sopa. Com a varinha mágica ou no liquidificador, processe a sopa até obter uma consistência cremosa. Se preferir uma sopa mais rústica, pode apenas amassar parte dos ingredientes com um garfo.
  8. Volte a sopa para a panela e adicione os pedaços de peixe, os mexilhões ou amêijoas cozidas e os camarões reservados. Cozinhe por mais 5 minutos, apenas para aquecer o peixe e os mariscos.
  9. Retifique os temperos, se necessário. Se a sopa estiver muito espessa, adicione um pouco mais de caldo ou água quente.
  10. Sirva a sopa de marisco quente. Acompanhe com pão fresco. 

Delicie-se com os sabores do mar! 

Bom apetite!

Dévora Cortinhal

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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