25 de Abril: Marcelo renova agradecimento a mensagens de Macron e Biden
O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu aos presidentes de França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos da América, Joe Biden, pelas “calorosas mensagens” em que assinalaram os 50 anos do 25 de Abril.
Esta informação consta de uma nota publicada hoje no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
“O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu ao Presidente Emmanuel Macron e ao Presidente Joe Biden pelas calorosas mensagens nas quais assinalaram o cinquentenário da Revolução do 25 de abril”, lê-se na nota.
Segundo a mesma nota, “os chefes de Estado da República Francesa e dos Estados Unidos da América felicitaram Portugal e, em particular, a extensa diáspora portuguesa que reside nos seus países, por este marco essencial para a democracia na Europa e também no mundo, prestando ainda homenagem aos principais protagonistas da Revolução dos Cravos”.
Na véspera do 25 de Abril, o Presidente francês, Emmanuel Macron, divulgou um vídeo a assinalar os 50 anos da Revolução dos Cravos.
“Gostaria de associar-me aos nossos amigos em Portugal, aos portugueses em França e a todos os nossos compatriotas de origem portuguesa para celebrar este aniversário, tão importante para a democracia na Europa”, disse o chefe de Estado francês.
O Presidente francês referiu que “o 25 de Abril de 1974 marcou o fim da mais antiga ditadura da Europa ocidental” e elogiou os jovens capitães de Abril: “Nem trinta anos tinham e já eram heróis. A Europa de hoje deve muito à sua coragem”.
Macron mencionou que a canção “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, foi gravada em França, em 1971, e recordou também Mário Soares, Álvaro Cunhal e Emídio Guerreiro, que estiveram exilados em França. Terminou a sua mensagem exclamando, em português: “25 de Abril, sempre! Viva Portugal, obrigado a Portugal”.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, enviou uma carta a Marcelo Rebelo de Sousa, congratulando-o e ao povo português pelo “espírito corajoso” com que se fez a Revolução dos Cravos há 50 anos, que representou “o triunfo sobre o autoritarismo”.
“Este marco sublinha o duradouro compromisso de liberdade e democracia partilhado pelos nossos países”, escreveu Joe Biden.
Nessa carta, divulgada pela Casa Branca, o Presidente norte-americano realçou que Portugal foi dos primeiros países a reconhecer os Estados Unidos da América e lembrou que a assinatura da Declaração de Independência foi brindada com vinho da Madeira.
“Os fortes e duradouros laços transatlânticos entre os nossos países, incluindo a ligação na NATO, enquanto aliados, formam uma base de valores partilhados e de mútuo respeito que só é fortalecida pelos 233 anos de relações diplomáticas”, considerou.
“Juntos, encarámos desafios e forjámos uma parceria resiliente que continua a florescer no século XXI”, escreveu o Presidente norte-americano.
Joe Biden enalteceu a diáspora portuguesa nos Estados Unidos da América pelo seu “papel fundamental na formação da cultura e economia através da língua, música, cozinha e empreendedorismo”.
“Enquanto celebramos os 50 anos do regresso de Portugal à democracia, estamos ansiosos por um futuro marcado por laços ainda mais fortes e contínua colaboração baseada nos nossos valores comuns e compromisso partilhado com os princípios democráticos”, acrescentou Joe Biden.