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Amanhã é, ainda, Abril?

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Hoje somos todos Abril.

Amanhã ainda serão alguns.

Mas depois esqueceremos a autodeterminação dos povos.
Esqueceremos a paz, o pão, a habitação, a saúde, e a educação.
Esqueceremos um mundo sem exploradores nem explorados.
Esqueceremos o fim do colonialismo e o fim do Fascismo.
Esqueceremos que só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.

Voltaremos a ser membros atomizados duma sociedade cada vez mais rápida e arrogante onde a única forma de sobreviver é pisar o outro.

Depois perguntaremos por onde entrou o Fascismo de novo…
Entrou pela porta que na pressa de sobreviver deixámos aberta.

Porque cada vez mais a corja espreita da janela.

Porque cada vez mais a noite é mal dormida.

Porque cada vez mais a infância não tem infância.

Porque cada vez mais os cães nos mordem a canela.

Porque cada vez mais são os que dormem na valeta.

Porque cada vez mais o Fascista dispensa a sombra para conspirar.

É preciso que amanhã seja, ainda, e sempre, Abril.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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