
Este e também no próximo ano
Minha voz não estará suspensa
Mas solta, responsável e concisa
Lembrarei as injustiças e divisões.
A voz do poeta nunca fica suspensa
Mas em carne viva ao mundo clamará
Este ano, no próximo, estará propensa
Uma sociedade sem amor gritará.
O amor da maioria há muito se esfriou
A poesia clamará sempre ao vento
O terror e a guerra ainda não acabou
Ouve-se um gemido e muito lamento.
A poesia não estará suspensa este ano,
Nem no próximo. E sabes lá até quando?!
José Valgode