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Agricultores polacos bloqueiam fronteira com a Alemanha

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Agricultores polacos bloquearam esta segunda-feira um ponto de passagem de fronteira com a Alemanha para protestar contra as regulamentações europeias e a importação de cereais ucranianos para a União Europeia (UE), noticiou a imprensa internacional.

Tratores foram deslocados desde domingo para a autoestrada A2, bloqueando esse importante ponto de passagem localizado a sul da pequena cidade polaca de Slubice, separada da cidade alemã de Frankfurt pelo rio Oder, de acordo com a agência de notícias AFP.

“Nós, agricultores polacos, estamos aqui porque já não aceitamos os regulamentos verdes da União Europeia” e “a importação descontrolada de cereais de outros países da UE”, disse à AFP um dos manifestantes, Christopher Janicki.

O bloqueio, inicialmente previsto para durar 25 dias, termina hoje, porque os agricultores mudaram de ideia após conversações com a população local, segundo os organizadores.

Os protestos de agricultores têm ocorrido há várias semanas na Polónia, com agricultores bloquear estradas em todo o país e passagens de fronteira com a Ucrânia.

A Polónia está entre os maiores apoiantes da Ucrânia desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022.

Entretanto, as suas relações foram prejudicadas nos últimos meses por disputas comerciais, em particular pela abertura, por Bruxelas, das fronteiras europeias aos produtos agrícolas ucranianos que, segundo os agricultores polacos, não respeitariam as normas da UE e os envios estariam descontroladas.

“Os agricultores polacos têm os seus armazéns cheios e não podem vender os seus produtos. Se não podemos vender cereais, não podemos ganhar dinheiro e continuar a nossa produção”, lamentou Janicki.

Também foram registados casos isolados de produtos agrícolas ucranianos despejados em estradas ou vias férreas perto da fronteira entre a Polónia e a Ucrânia.

Na sexta-feira, o Governo polaco disse à AFP que Varsóvia e Kiev estavam “longe de um acordo” sobre a importação de produtos agrícolas ucranianos.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, por seu lado, declarou que a Ucrânia tem “o direito de aplicar medidas de retaliação”.

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