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Aeroportos portugueses apresentam alto risco de contágio

Um estudo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês) concluiu que os aeroportos Humberto Delgado, em Lisboa, e Francisco Sá Carneiro, no Porto, estão localizados em áreas com elevado risco de transmissão do novo coronavírus.

O organismo elaborou uma lista das várias infraestruturas aeroportuárias que estão instaladas em regiões com alto potencial de contágio, baseando-se em dados da Organização Mundial de Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e de outros institutos de saúde pública. O objetivo é que as companhias aéreas com voos para esses destinos e as gestoras das infraestruturas tenham em atenção as medidas de higiene e segurança dos passageiros e das tripulações.

A nível europeu, a lista da EASA integra mais de quatro dezenas de aeroportos. Na Bélgica, onde se registou uma das mais altas taxas de mortalidade na Europa, a agência aponta para riscos em todas as infraestruturas aeroportuárias do país. Na vizinha Espanha, um dos países mais assolados pela pandemia, as regiões de Castela e Leão, Castela-Mancha, Catalunha e Madrid são as que levantam mais preocupações à agência.

Itália, onde aparentemente se iniciou o surto pandémico na Europa, tem os aeroportos das regiões da Lombardia, Piemonte, Veneto e Emília-Romanha identificados na lista da EASA. Por sua vez, o Reino Unido contabiliza 13 aeroportos, com destaque para os instalados em Londres, Manchester, Liverpool e Glasgow. Já em França, só a região da Île-de-France, onde se localiza Paris, é considerada problemática. A lista da agência chama ainda atenção para os Estados Unidos, onde considera que há riscos de contágio em 22 dos 50 estados que integram o país.

No Brasil, as regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Baía, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco e Santa Catarina apresentam-se a vermelho. O estudo da EASA aponta 17 países com elevado risco de contágio: Afeganistão, Bangladesh, Bielorrússia, Chile, República Dominicana, Equador, Egito, Indonésia, Irão, Kuwait, Paquistão, Peru, Qatar, Arábia Saudita, Singapura, Turquia e Emirados Árabes Unidos.

No documento, o organismo faz notar que os vários países do mundo não trabalham os dados da pandemia da mesma forma, a taxa de testagem é bastante díspar e os critérios também não são iguais. As dificuldades em reunir informações sobre testes levou a agência a integrar outros parâmetros para analisar os riscos, como os números de casos ativos e recuperados, tendência diária de novos casos, mortes por habitantes e a sua evolução, o número e dimensão dos aeroportos que respondem a uma região e a população.

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