Liedson da Silva Muniz, uma dos maiores goleadores do futebol português nos últimos anos, está de regresso a Portugal, à procura, no FC Porto, do título luso que falhou em sete épocas e meio ao serviço do Sporting.
Pelos “leões”, que representou de 2003/2004 a meio de 2010/2011, o luso-brasileiro marcou 170 golos, em 313 jogos, e foi o melhor marcador do campeonato em duas ocasiões, mas, coletivamente, não conseguiu mais do que quatro segundos lugares.
Quase dois anos depois de uma emociona despedida de Alvalade, a 04 de fevereiro de 2011, com um “bis” num 3-3 caseiro com a Naval 1.º de Maio, para a 18.ª ronda da Liga 2010/2011, o “Levezinho” vem, aparentemente, para ser a “sombra” de Jackson Martinez.
Face aos muitos golos que o colombiano tem marcado (12 na I Liga) e ao “4-3-3” há muito “instituído” no FC Porto, Liedson, agora com 35 anos, deverá ser um suplente de luxo para Vítor Pereira, que, até agora, não tinha alternativas à altura.
O internacional luso está na parte final da carreira, mas nunca deixou de marcar golos, sendo que, no campeonato brasileiro de 2012, apontou cinco, quatro já pelo Flamengo, que o contratou ao Corinthians.
Liedson trocara o Sporting pelo clube paulista, pelo qual se sagrou campeão brasileiro e sul-americano, face à vitória na Taça dos Libertadores da América.
Antes, viveu sete anos e meio inesquecíveis em Alvalade, cotando-se como o melhor goleador do futebol português depois do “furacão” Mário Jardel, que, ao contrário do “Levezinho”, trocou o FC Porto pelo Sporting, no seu caso via Galatasaray.
O seu comportamento nem sempre foi irrepreensível na passagem pelos “leões”, mas os aspetos positivos quase “apagam” tudo, tantos foram os momentos inesquecíveis e os golos, que nunca se cansou de marcar.
Liedson abandonou Alvalade como o sexto melhor marcador de sempre, apenas atrás de Peyroteo (529 golos), Manuel Fernandes (255), Vasques (221), Soeiro (204) e Jordão (187), sendo o 13.º mais utilizado, com 313 jogos oficiais.
No seu percurso no Sporting, destaque para o facto de a sua maior vítima ter sido o Benfica, ao qual marcou mais do que a qualquer outro: 11 golos – quatro na Luz -, que o transformaram num “ódio de estimação” para os adeptos “encarnados”.
Em termos coletivos, levou duas Taças de Portugal e uma Supertaça: destaque para o golo que valeu a Taça de 2006/2007 (1-0 ao Belenenses, na final).
Liedson partiu, porém, sem o título máximo, que terá ajudado a perder em 2004/2005, quando se “autoexcluiu” – com um amarelo despropositado – do jogo do título (o Benfica viria a vencer em casa os “leões” por 1-0, na penúltima ronda).
Nessa temporada, a sua mais produtiva pelo clube (34 tentos em 47 jogos), as frustrações não se ficaram pela perda do título nacional, já que, dias depois do desaire na Luz, o Sporting deixou fugir em casa a final da Taça UEFA (1-3 com o CSKA Moscovo).
Ainda assim, e individualmente, o avançado do Sporting conquistou o título de melhor marcador da Liga, com 25 golos, que repetiu em 2006/2007, com apenas 15: no total, apontou 115 em 214 encontros na prova máxima do calendário luso.
Nas outras competições, destaque para os 25 golos nas taças europeias, que lhe conferem o estatuto de melhor marcador da história “leonina”, e os 11 golos em 12 embates na “jovem” Taça da Liga, encabeçando todos os marcadores.
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