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Nove ovos lançados em frágeis “naves” de cartão resistem a queda de 18m

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Clique para ampliar Nove ovos hoje lançados em Barcelos de uma altura de cerca de 18 metros, em pequenas “naves” construídas pelos alunos do Instituto Politécnico do Cávado e Ave, escaparam incólumes à queda, mas outros 33 ficaram literalmente estrelados.

No âmbito do curso de Design Industrial, os alunos foram desafiados a construir uma estrutura de proteção ao impacto, inspirada numa espécie natural (vegetal, animal ou mineral).

Hoje, para testar a fiabilidade do protótipo, cada aluno lançou a sua criação com um ovo lá dentro, da torre dos Bombeiros Voluntários de Barcelos, de uma altura de cerca de 18 metros.

O resultado foi um intenso cheiro a ovo, já que 33 acabaram estrelados no chão, mas houve nove que resistiram à queda, escapando completamente “ilesos”.

O ovo de Joana Silva foi um dos que resistiu, tendo “viajado” num protótipo inspirado na semente de uma videira característica do Brasil.

O protótipo foi trabalhado durante “alguns dias”, sempre com a preocupação de ficar com “o menor peso possível”, de forma a atenuar o impacto da queda.

Joana promete agora guardar aquele ovo como uma espécie de troféu para mostrar aos amigos, já que não é todos os dias que se consegue um exemplar que “caiu de quatro andares e não partiu”.

Igual êxito teve David Amorim, que com um protótipo também inspirado na semente girocarpo conseguiu igualmente amparar a queda do seu ovo, de forma a que ele escapasse são e salvo.

Como explicou, a semente tem uma carcaça e folhas que abrandam a queda, e foi isso mesmo que tentou imitar.

“Correu bem”, admitiu, feliz por ver coroado de êxito o trabalho desenvolvido ao longo de quatro semanas.

Para Miguel Terroso, professor da unidade curricular de Projeto de Design Industrial do Instituto Politécnico do Cávado e Ave e responsável por este desafio, o objetivo era promover o desenvolvimento de conceitos inovadores para proteger fisicamente de uma queda um objeto delicado.

O resultado global, admitiu, acabou por não ser mau, tendo em conta a altura do lançamento e as condições atmosféricas.

“Bom, bom era se tivessem resistido os 42, mas mesmo assim já não foi mau”, referiu.

Segundo o docente, a experiência provou que os protótipos inspirados nas “sementes voadoras” são mais eficazes, uma vez que caem “mais devagarinho”.

A ideia é que, de ano para ano, o protótipo fique cada vez mais leve mas também mais resistente.

Futuramente, o projeto poderá ter aplicação prática, nomeadamente na indústria de embalagens.

No imediato, tem uma implicação direta na nota dos alunos, que será mais alta para os que protegeram devidamente o ovo e, naturalmente, mais baixa para os que permitiram que ele se estrelasse.

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