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O pior pode acontecer

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Clique para ampliar O director do Expresso, o Ricardo Costa, irmão do outro Costa, que é Presidente da Câmara de Lisboa, faz do semanário e da SIC os palcos da propaganda socialista através dos ataques dirigidos ao actual governo.

O Ricardo não disfarça nada nas suas intervenções televisivas e procura cirurgicamente o local onde possa espetar a agulha da seringa ou aplicar o bisturi para rasgar de alto a baixo qualquer Ministro, Secretário de Estado ou mesmo o PM, não escapando igualmente o PR, sempre que com a sua atitude de mandar promulgar diplomas governamentais ou da AR esse facto constitua vantagens para o governo e derrotas para a oposição, naturalmente a exercida pelo PS.

Dada a alternância democrática do regime, que não a alternativa, o Ricardo vai traçando paulatinamente a estrada que o irmão Costa gostaria de palmilhar até chegar à cadeira do poder, como espera que aconteça, não por mérito duma vitória eleitoral, mas pela derrota do governo, se este não conseguir inverter o plano da austeridade pelo plano da abundância, como vem propagandeando um tal Seguro, de passagem temporária pela direcção do Partido Socialista.

Fazendo promessas a torto e a direito ele sabe que os eleitores vão sempre atrás delas, antes de se aperceberem que caíram na armadilha do bacalhau a pataco.

Assim,quer o Ricardo quer o Seguro vão então lançando o tapete rosa ao António Costa, para quando chegar o momento aprazado ele percorrer até à cadeira desejada.

Mas o pior pode acontecer.

O governo colocou no mercado dois mil milhões de euros em títulos a dezoito meses e verificou-se que a procura foi muito superior à oferta. Os juros da divida soberana a dez anos desceram para os 6,4% e tais índices são possiveis sintomas que pressagiam recuperação e aceitação dos mercados pelo cumprimento honesto das medidas de reestruturação do governo.

A continuar o cumprimento, o Ricardo pode ter os dias contados na direcção do Expresso, as suas aleivosias televisivas na SIC deixam de ter credibilidade e o irmão é belamente capaz de ir para o desemprego com a vitória eleitoral do Fernando Seara em Lisboa.

Logicamente, também o Pinto Balsemão terá de avisar o Nicolau Santos para deixar de ser panfletário, o Henrique Monteiro para regressar ao que sempre foi, um MRPP disfarçado ou recauchutado, e um Fernando Madrinha mais cauteloso.

Na SIC,os socialistas Teixeira, Miguel Sousa Tavares, as “stars”também de rosa ao peito, Bárbara Guimarães e Rita Ferro, podem “traverstir-se” de liberais e gritarem bem alto que sempre elogiaram a determinação de Passos Coelho.

Entretanto,Balsemão corre riscos acrescidos de falência da SIC com a privatização da RTP.

Isaías Afonso

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