Como eu queria que fosses só minha…
A doce pele na minha mão: amor no coração.
Só tu Lisboa és assim luz plena de oração:
esperança citadina e o Divino peregrino caminha.
Só tu Lisboa és assim o luar oculto na luz
o doce ondular de um corpo que começa a suar
quando entre a multidão não pára de andar
e é assim que o teu vislumbre me seduz
Ai a andorinha do teu Verão rosa e quente,
As castanhas do teu Outono cheio de gente,
A saudade e este desejo de te rever tão premente.
Mas, é doce mentira acreditar no teu tépido olhar.
Como qualquer mulher, sabes a arte do subtil dissimular
e a sorte do que em teus braços se detém: é um alegre calhar.
Rui Carvalho
http://talesforlove.blogs.sapo.pt
Nota: Imagem da noite de Lisboa em pleno Natal 2012 obtida na baixa pelo autor do poema.
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