De cada vez que te soletro o nome
A evocação de um anjo a pairar
Parece também ele soletrar
O ermo da paixão que o consome
E digo eu e ele e ao mesmo tempo
As sílabas conformes desse fogo
Que acende o nosso amor como de novo
Fosse mister nascer o pensamento
Não estranhes, pois, se à beirinha do mar
Ainda que sozinho eu não pareça
Não cuides de loucura que eu padeço
Mas ouço mesmo um anjo a soletrar.
Luís Gonzaga
(07/01/2021)
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