Chaves só encerra as fronteiras em último recurso
O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, considerou esta quinta-feira que deve ser “tomada em último recurso” a possibilidade de um novo encerramento das fronteiras entre Portugal e Espanha, afirmando ser “precoce” falar no assunto.
“Entendo que a questão é extemporânea. É muito precoce falar sequer de avaliação da possibilidade do encerramento das fronteiras luso-espanholas”, destacou à agência Lusa o autarca de Chaves, no distrito de Vila Real.
Em declarações no âmbito da avaliação à evolução da covid-19 que os governos dos dois países vão fazer nos próximos dias, o autarca referiu que é necessário “aguardar pela evolução epidemiológica dos países nos dois lados da fronteira”.
Nuno Vaz sublinhou ainda que “se a situação epidemiológica for de tal forma que suscite o encerramento, naturalmente que essa deve ser a posição, sendo certo que isso terá sempre de ser ‘ultima ratio’ [último recurso] numa política de combate à pandemia”.
O socialista lembrou ainda que o encerramento das fronteiras tem “sempre como pressuposto a questão de saúde pública” e que “todas as tomadas de posições que venham a ser tomadas têm como objetivo central garantir a saúde da população”.
O concelho de Chaves faz fronteira com Verín, localidade espanhola da Galiza, e atualmente, desde 2008, as localidades separadas por 28 quilómetros formam uma eurocidade, um projeto de cooperação transfronteiriço que envolve a partilha de um cartão de cidadão que dá acesso a piscinas, bibliotecas, eventos, formações ou concursos, bem uma agenda cultural e mais recentemente transportes.
O autarca de Chaves referiu também que “qualquer decisão” deve ter por base “consensos europeus”.