O dia morre lá longe e eu, deste lado, habito o silêncio que me acompanha. As rosas ainda não começaram a florir no país onde vivo, o inverno tem sido tão longo, tão implacavelmente frio! Frias as noites em que te espero
demorei tanto tempo a entender o sentido da vida! A descodificar nos livros a magia do confronto com o outro! Todo o meu mundo foi um espaço vazio, lugares inabitados, palavras soltas, abraços esquecidos, noites insones!
O meu país ficou tão longe
o meu coração foi um longo lugar de exílio. Ali me construí, silenciosamente e penosamente. Não conhecia as línguas da nova morada, ausentei – me da luz e das sombras. Afundei-me na leitura dos fragmentos de Novallis!
Amanhã talvez o novo dia ainda me traga a memória do oceano!